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Copel é atacada por Chumbinho.
Quem mandou avacalhar o atendimento ao consumidor

Copel é atacada por Chumbinho.<br>Quem mandou avacalhar o atendimento ao consumidor
Brincadeiras à parte, o vereador Chumbinho Silva (PP), de Toledo, não aguentando os péssimos serviços que a COPEL vem prestando aos consumidores, "arrepiou geral". Sejamos sinceros, é bom Ratinho Junior não aparecer pela região. Estão falando que vão jogar um lampião a gás no governador do Paraná. Meu Deus!

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As pesquisas eleitorais e a ‘política de apagamento’ do PT em Curitiba - Por Milton Alves*

  Aberta a temporada de pesquisas eleitorais com o início das articulações partidárias para a disputa das eleições municipais de outubro. Em Curitiba, o cenário inicial aponta para uma divisão entre o bloco das diversas direitas – Eduardo Pimentel, dos governistas Rafael Greca e Ratinho; o tucano agressor-de- professor-Beto Richa, os lavajatistas Deltan Dallagnol e Ney Leprevost; a extrema direita bolsonarista com Paulo Martins e Cristina Graeml e os candidatos do Centrão — Luizão Goulart e Luciano Ducci –, que tenta o apoio do Partido dos Trabalhadores (PT), a legenda de Lula segue dividida entre lançar uma candidatura própria ou apoiar Ducci [A decisão foi remetida ao diretório nacional do PT, suspendendo uma consulta aos filiados que estava marcada para o dia 7 de abril]. No espectro à esquerda, figuram a deputada federal Carol Dartora (PT), a primeira mulher negra eleita para Câmara de Deputados, com uma votação expressiva na capital –, e o pedetista Goura, que teve 13, 26% dos votos nas eleições municipais de 2020. Eles representam uma nova safra de lideranças políticas e dialogam com a fatia progressista e renovadora da cidade. Pesquisa da Radar Inteligência Na pesquisa divulgada neste domingo (17) pelo Instituto Radar, os pré-candidatos Eduardo Pimentel, Beto Richa, Luciano Ducci, Deltan Dallagnol e Ney Leprevost aparecem tecnicamente empatados — a margem de erro da sondagem é de 3,5 pontos percentuais. As intenções de votos apontam o atual vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD), com 15,8%, seguido pelos ex-prefeitos Beto Richa (PSDB), com 13,1%, o golpista Luciano Ducci (PSB), com 12,3%, o ativista de extrema direita Deltan Dallagnol (Novo), com 11,5%, e o neolavajatista Ney Leprevost (União Brasil), com 10,9%. Um segundo pelotão vem com o bolsonarista Paulo Martins (PL), 4,7%; Maria “camburão” Victoria (PP), com 3,3%; Luizão Goulart (Solidariedade), com 3,2%; a petista Carol Dartora (PT), com 2,6%; e Goura (PDT), com 2,5%. Entre os ouvidos pela pesquisa, 7,8% disseram que votariam em nenhum, branco ou nulo; e 12,3% não sabem ou não opinaram. O levantamento foi conduzido pelo Instituto Radar Inteligência, com uma margem de erro de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. 816 eleitores foram ouvidos nos dias 11, 12 e 13 de março. O intervalo de confiança é de 95% e o registro no TRE é PR-07339/2024. Paraná Pesquisa ‘apaga’ o PT O Instituto Paraná Pesquisa registrou na Justiça Eleitoral uma sondagem para a prefeitura de Curitiba, contratada pela TV Band. Serão ouvidos 800 eleitores entre os dias 15 e 20 de março, com divulgação prevista para a próxima quinta-feira (21). Três cenários serão apresentados aos pesquisados. Chama atenção que nenhum nome do PT será apresentado aos eleitores. O partido tem três pré-candidatos – a deputada Carol Dartora, o deputado Zeca Dirceu e o advogado Felipe Mongruel. É pública a disputa interna na legenda e uma decisão final ainda não ocorreu. Além disso, a pesquisa vai avaliar a gestão do presidente Lula (PT). Portanto, seria natural a apresentação de um nome do partido do mandatário no levantamento. Nomes inexpressivos e desconhecidos dos eleitores constam na pesquisa – até Rosangela Moro vai aparecer num dos cenários – e o PT foi “apagado” pelo Instituto Paraná Pesquisa. Cenário 1, os pré-candidatos Eduardo Pimentel (PSD), Beto Richa (PSDB), Goura (PDT), Ney Leprevost (UB), Paulo Martins (PL), Deltan Dallagnol (Novo), Luciano Ducci (PSB), Luizão Goulart (SD) e Cristina Graeml (PMB e da Gazeta Antipovo). No cenário 2, serão apresentados aos eleitores: Rosangela Moro (UB), no lugar de Ney Leprevost, e Valdemar Jorge, pelo “Novo”. No cenário 3, Eduardo Pimentel, Ducci, Luizão, Ney e Valdemar. A nominata dos pré-candidatos da pesquisa indica também a fragmentação das direitas – a velha, a neoliberal, os bolsonaristas e os lavajatistas. E sem a opção para os eleitores de Lula e do PT. O Instituto Paraná Pesquisa vai avaliar ainda o nível de rejeição dos pré-candidatos e a influência do prefeito Rafael Greca, do governador Ratinho Jr, do presidente Lula e do ex-presidente Jair Bolsonaro no processo eleitoral de Curitiba. A pesquisa está registrada no TRE-PR sob o número PR-01504/2024, com nível de confiança de 95% e uma margem de erro estimada em 3,5% para mais ou para menos. Riscos da tática de apagamento do PT em Curitiba Caso prevaleça a decisão de aliança com Ducci, o PT pode sofrer sérios danos políticos em Curitiba. O partido segue mergulhado num intenso debate interno entre lançar uma candidatura própria ou apoiar a candidatura do deputado federal Luciano Ducci (PSB) — alternativa rejeitada amplamente pela base do partido. Na última quinta-feira (14), o grupo de trabalho eleitoral do Diretório Nacional do PT determinou a suspensão do processo de consulta aos filiados do partido na cidade. A resistência das bases petistas ao nome de Luciano Ducci, é consequência de sua ação política prática, uma atuação conservadora e de direita. Ducci votou pelo impeachment fraudulento da presidenta Dilma Rousseff, apoiou a criminosa operação Lava Jato e votou em todas as medidas regressivas contra os trabalhadores nos governos de Temer e Bolsonaro. Integrante da bancada do Centrão de Lira, votou até na aberração do Marco Temporal, uma medida nefasta que visa subtrair a terra das comunidades indígenas e ribeirinhas. Durante o seu mandato tampão na prefeitura de Curitiba – 2010/2012 – Ducci era o vice-prefeito na gestão de Beto Richa, adotou políticas contra os direitos dos servidores públicos, manteve intacta a licitação do transporte coletivo, que garante o controle da operação por um reduzido grupo de empresários. Além disso, prosseguiu com a política que favorece o controle do orçamento público pelos consórcios que operam com a especulação imobiliária e o uso do solo na cidade, com a privatização e a terceirização dos serviços de zeladoria, o controle privado de dados pelo ICI e a com a falta de transparência na gestão da Urbs. A mesma receita seguida pelas gestões de Lerner, Greca, Taniguchi, Beto Richa e agora novamente Greca-Eduardo Pimentel. Apoiar Ducci amarra o PT com o atraso Em nome de quê se defende e se faz uma aliança sem bases programáticas? Qual a motivação? Alimentar uma frágil ilusão de que o governo Lula e o próprio PT podem ser defendidos por inimigos jurados de nosso projeto. Isto é falso. Não se combate o Bolsonarismo amarrando o PT às mesmas forças responsáveis pelo Impeachment da presidenta Dilma, pela prisão de Lula e pela eleição fraudulenta de Bolsonaro. Com os neoliberais, vide as recentes declarações do obscuro Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, partido de Geraldo Alckmin, condenando a política de soberanista de Lula para a Petrobras e a política exterior de Lula contra o genocídio do povo palestino. O PT de Curitiba tem uma história de lutas contra os poderosos, inclusive aqueles a quem corre hoje o risco de ser submetido. O PT de Curitiba tem em seu acervo político uma heroica vigília de 580 dias em defesa da liberdade de Lula. Ali se viu quem estava conosco e não se viu quem estava contra. A candidatura própria do PT é a melhor alternativa para unir e fortalecer o partido em Curitiba e favorece a acumulação de forças para as próximas batalhas. *Jornalista, escritor e pós-graduando em Ciência Política. Militante do PT de Curitiba. Autor de ‘Brasil Sem Máscara – o governo Bolsonaro e a destruição do país’ [Editora Kotter, 2022] e de ‘Lava Jato, uma conspiração contra o Brasil’ [Kotter, 2021], entre outras obras. É colunista em diversos portais e sites da imprensa progressista e de esquerda.

Governança Pública.
É o assunto do comentário do ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, nesta segunda-feira (18/03/24), especialmente para OgazeteirO.
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Governança Pública.<br>É o assunto do comentário do ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, nesta segunda-feira (18/03/24), especialmente para OgazeteirO.<br> Acompanhe…
Governança Pública. É o assunto do comentário do ministro do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, nesta segunda-feira (18/03/24), especialmente para OgazeteirO. Acompanhe…  

Política Real.
Comentário do jornalista Genésio Araújo Junior, desta segunda-feira (18/03/24), direto de Brasília, especialmente para OgazeteirO.
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Política Real.<br>Comentário do jornalista Genésio Araújo Junior, desta segunda-feira (18/03/24), direto de Brasília, especialmente para OgazeteirO.<br>Acompanhe…
Política Real. Comentário do jornalista Genésio Araújo Junior, desta segunda-feira (18/03/24), direto de Brasília, especialmente para OgazeteirO. Acompanhe…

Viagens corporativas:
A “Nossa Curitiba” foi o terceiro destino do Brasil em 2023. Os dados são da plataforma especializada Omnibees e foram divulgados no evento Fórum Panrotas

Viagens corporativas:<br>A “Nossa Curitiba” foi o terceiro destino do Brasil em 2023. Os dados são da plataforma especializada Omnibees e foram divulgados no evento Fórum Panrotas

Viagens corporativas:

A "Nossa Curitiba" foi o terceiro destino do Brasil em 2023. Os dados são da plataforma especializada Omnibees e foram divulgados no evento Fórum Panrotas [...]

Devido ao crescimento no último ano, a capital paranaense ultrapassou Brasília para chegar à terceira posição do ranking de viagens corporativas, liderado por São Paulo e Rio de Janeiro. Curitiba também foi uma das cidades com maior aumento no número total de pernoites, com 21%. O estudo também divulgou a variação média das tarifas de diárias em cada cidade. Com crescimento de 16%, Curitiba ficou abaixo da média nacional, que foi de 19% no preço das diárias. Além dos dados das cidades, o levantamento anual da Omnibees divulga estatísticas referentes às regiões do Brasil, e a quantidade de viagens para lazer nas cidades brasileiras. Confira o estudo na íntegra AQUI.

Referência em turismo de negócios

Curitiba é referência na área de turismo de negócios no Brasil devido à qualidade dos seus serviços (transporte, hospedagem e gastronomia), e infraestrutura para o turismo de negócios. A cidade oferece 158 espaços, que juntos têm capacidade para atender 245 mil pessoas. A capital também conta com 143 meios de hospedagem - 123 hotéis, 9 flats/apart-hotéis, 9 hostels e 2 pousadas, e um total de 17.677 leitos disponíveis. Deles, 89,7% são em hotéis, 7,3% em flats ou apart-hotéis, 1,9% em hostels e 0,9% em pousadas. A cidade ainda tem o aeroporto mais bem avaliado do país e uma malha rodoviária referência. Para fomentar ainda mais o turismo corporativo de Curitiba, o prefeito Rafael Greca sancionou, em 2017, a Lei Complementar nº 107, que reduz a alíquota do ISS de 5% para 2% para feiras, exposições, congressos, shows.

Destino Turístico Inteligente

Cidade mais inteligente do mundo em 2023, Curitiba recebeu diversos eventos no período para justificar a terceira colocação na pesquisa, e está em processo de transformação em um Destino Turístico Inteligente (DTI), em parceria com o Ministério do Turismo e o Instituto Ciudades del Futuro, da Argentina. A capital paranaense reforçou a posição inovadora ao ser escolhida como a cidade anfitriã da Feira Internacional de Destinos Inteligentes (Fidi) em 2024, que começa neste domingo (17/3). A expectativa é receber mais de mil pessoas. Além disso, Curitiba foi uma das 12 cidades selecionadas para o Programa Turismo Futuro Brasil, oferecido pelo Sebrae Nacional em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Smart City e Expo Turismo Paraná

Em 2023, a cidade também recebeu a Smart City Expo Curitiba. O evento anual conta com especialistas do Brasil e de 35 países para discutir soluções para cidades inteligentes, e tem o objetivo de reinventar as cidades para torná-las mais sustentáveis e eficientes, contemplando soluções tecnológicas. Em 2024, a quinta edição do evento tem o tema “Reinventando cidades para todos”, e acontece nos dias 20, 21 e 22 de março no Centro de Eventos Positivo, no Parque Barigui. Além disso, a capital é palco da Expo Turismo Paraná, um evento anual com as principais entidades do turismo nacional em formato de eventos paralelos, como encontros de secretários de turismo, fóruns e premiações, e uma importante agenda de capacitação profissional voltada aos agentes de viagens.

Grandes Eventos

Não é apenas no turismo de negócios que Curitiba se destaca. A cidade está em ascensão no turismo de lazer, recebendo shows de grande porte, de nomes como Red Hot Chili Peppers, Coldplay e Paul McCartney, e sendo a capital brasileira do Natal, com mais de 100 atrações gratuitas ao longo de 47 dias em 2023, e público de mais de 1 milhão de pessoas. “Quando a iniciativa privada trabalha em conjunto com a municipal, a instituição acadêmica e a sociedade, conseguimos consolidar grandes projetos. Nesses últimos sete anos, a nossa gestão vem trabalhando para fortalecer o turismo em Curitiba e os números refletem a consolidação deste trabalho. Curitiba é o oitavo destino mais buscado nas pesquisas Google”, celebra o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel.

Seja de direita ou esquerda, seja inteligente!
Veja o programa “Sem Censura” em tributo à Elis Regina, com Cissa Guimarães. Uma bela homenagem a uma das vozes mais importantes da música popular brasileira.
Merece aplausos

Seja de direita ou esquerda, seja inteligente!<br>Veja o programa “Sem Censura” em tributo à Elis Regina, com Cissa Guimarães. Uma bela homenagem a uma das vozes mais importantes da música popular brasileira.<br>Merece aplausos

Seja de direita ou esquerda, seja inteligente!

Veja o programa "Sem Censura" em tributo à Elis Regina, com Cissa Guimarães. Uma bela homenagem a uma das vozes mais importantes da música popular brasileira.

Merece aplausos

Cissa Guimarães comanda o programa e recebe a cantora Laila Garin, que interpretou Elis, no teatro, em “Elis, a Musical”; o diretor Dennis Carvalho que foi o diretor do musical; a diretora musical e arranjadora de “Elis, a Musical”, Claudia Elizeu; a atriz Andréia Horta que viveu Elis no cinema e o jornalista e produtor musical, grande amigo de Elis, Nelson Motta. A debatedora é a jornalista especializada em música, Fabiane Pereira. No programa teve muitas curiosidades e a cantora Laila Garin cantando grandes sucessos de Elis Regina. A Pimentinha, como era conhecida, faria 79 anos no próximo domingo, dia 17 de março.  

Exibidão bate no peito, grita:
“Nossa Curitiba é a mais inteligente do planeta”. Será que é bem assim? Olirio Rigo, morador da região do Barreirinha, está escandalizado

Exibidão bate no peito, grita:<br>“Nossa Curitiba é a mais inteligente do planeta”. Será que é bem assim? Olirio Rigo, morador da região do Barreirinha, está escandalizado

Exibidão bate no peito, grita:

"Nossa Curitiba é a mais inteligente do planeta". Será que é bem assim?

Olirio Rigo, morador da região do Barreirinha, está escandalizado. Ele mandou um vídeo para o nosso blog, de uma obra totalmente desajeitada, na Rua Ovídio Garcez esquina com Avenida Anita Garibaldi, no bairro Cachoeira, Curitiba. Coisas da administração do prefeitão Rafael Greca. Vejam:    

“José Richa deve ter se virado no caixão com a aproximação do filhinho com as lideranças golpistas”

“José Richa deve ter se virado no caixão com a aproximação do filhinho com as lideranças golpistas”
Foi o que falou um observador político das antigas e profundo conhecedor da história democrática traçada pelo saudoso governador do Paraná, José Richa. Um homem que ajudou a reestabelecer as forças democráticas no País, ver seu filho e herdeiro político se misturando com uma liderança golpista. Líder que, pelos ex-comandantes do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes, e da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro do ar Carlos Baptista Júnior, foi confirmado à Polícia Federal como o mandante de um um golpe de Estado para se manter no poder, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Tais informações sobre os ex-comandantes foram inclusive reveladas pela CNNBRASIL. Tudo isso para tentar um retorno triunfal nas eleições majoritárias, tanto à Prefeitura de Curitiba quanto ao Governo do Paraná, em 2026. Entretanto, pelo andar das coisas, Beto Richa, que é jovem e tem todas as chances de restabelecer sua força política, deu uma bela derrapada nessa loucura dos últimos dias. Estrategicamente, recuou e continua na legenda, construída por lideranças democráticas do Brasil, incluindo o Zé Richa, que deve, lá do céu, ter alimentando a direção nacional do PSDB a não dar a carta de anuência para a transferência partidária, ação que o mataria mais uma vez!
MATERIAL REPUBLICADO.
PRIMEIRA POSTAGEM 15/03/24

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Lava Jato, dez anos de uma farsa criminosa - Por Milton Alves*

No dia 17 de março de 2014, teve início a operação Lava Jato, que prometia varrer a corrupção dos políticos e poderosos, impulsionada por um vasto esquema midiático, capitaneado pela Rede Globo. Nos primeiros anos, a Lava Jato obteve um amplo respaldo popular e transformou um juiz de primeira instância e um grupo de procuradores de Curitiba em “salvadores da nação”. Em junho de 2019, o site The Intercept iniciou uma série de artigos que mostrou os bastidores da operação, revelando as trocas de mensagens entre os integrantes da força-tarefa da Lava Jato e o juiz Sergio Moro. As transcrições das mensagens mostraram a atuação de Moro orientando o Ministério Público e a promotoria nas diversas fases da operação Lava Jato. Uma prática que viola o código de ética da magistratura e a Constituição brasileira, por desrespeitar os princípios da imparcialidade, independência e a separação entre defesa e acusação. A parcialidade de Sergio Moro contaminou todas as ações da Lava Jato, desde as manobras e chantagens, até mesmo contra ministros de tribunais superiores, para usurpar a competência sobre investigações que não eram da Vara de Curitiba, até o balcão de compra e venda de delações direcionadas contra dirigentes políticos, cujo o alvo preferencial foi o atual presidente Lula, condenado e preso de forma injusta e arbitrária. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, chegou a classificar a atuação da força-tarefa como um verdadeiro “esquadrão da morte” e que “atuava totalmente fora dos parâmetros legais”. No momento, o ex-juiz e ainda senador Sergio Moro tenta escapar da cassação de seu mandato e trata de deslocar o domicílio eleitoral de sua esposa, a deputada federal por São Paulo, Rosangela Moro, para Curitiba, cometendo mais uma fraude contra o eleitor paulista. A manobra canhestra de Moro visa assegurar as condições para uma futura candidatura ao Senado de Rosangela Moro em 2026, no caso da eventual cassação do mandato do ex-juiz. ‘Lavajatismo’ é o fascismo de toga Ao traçarmos uma linha do tempo da operação iniciada em março de 2014, é também inevitável a constatação de que a Lava Jato contribuiu de forma decisiva para a subversão da institucionalidade pactuada na Assembleia Nacional Constituinte de 1988, praticando um modelo importado de justiça, de caráter punitivista, autoritário, de exceção – violando todas as regras consagradas no chamado estado de direito. Uma avaliação mais geral do contexto do surgimento da operação Lava Jato aponta para uma ação sintonizada com a política implementada pelo Departamento de Estado (DoS) norte-americano: Após o colapso do estado soviético e o fim das guerrilhas marxistas em El Salvador e Guatemala, os Estados Unidos iniciaram na América Latina e no Caribe, nos anos 90, a “guerra contra as drogas”, uma operação de interferência direta nos países da região. Em um novo giro na política imperialista, depois da chamada “guerra contra o terror” dos anos 2000, a agenda de combate à corrupção também pautou as ações do Departamento de Estado e demais agências norte-americanas de inteligência e espionagem, um instrumento a serviço da desestabilização de governos democráticos e progressistas do continente. Brasil, Equador, Argentina e Peru, em graus diferenciados, foram os alvos de campanhas “anticorrupção”, com o estímulo, suporte e participação direta de agências estadunidenses. Portanto, um dos maiores crimes praticados no curso da operação Lava Jato foi a colaboração clandestina com agências, como o FBI, e autoridades dos EUA e da Suíça, uma grave lesão aos interesses do país que precisa ser devidamente apurada. Os danos institucionais, econômicos e sociais gerados pela Lava Jato devem ser examinados cuidadosamente pela lupa do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso Nacional, PGR, Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelo próprio Ministério Público Federal, definindo os crimes e a responsabilização dos envolvidos. Legado nefasto Órgãos da mídia corporativa – TV Globo e Folha de São Paulo – tentam relativizar os crimes e impactos negativos da Lava Jato na vida nacional. O esforço atual da mídia pró-Lava Jato é apresentar os crimes como simples desvios da “rota positiva” da operação no combate à corrupção no interior do estado brasileiro. Segundo os órfãos da Lava Jato, a experiência foi positiva e que um balanço da operação não pode abrir caminho para a volta da impunidade dos agentes públicos e empresários. Ou seja, o mesmo discurso favorável ao lavajatismo, reciclado por um tom mais defensivo diante das montanhas de denúncias, que revelam os métodos criminosos praticados pelo ex-juiz e senador Sérgio Moro, que em breve será julgado pelo TRE-PR por violar as regras eleitorais em 2022, e por Deltan Dallagnol, deputado cassado e ativista da extrema direita. Apesar do desgaste e da desmoralização atual de figuras como Dallagnol e Sergio Moro, a Rede Globo continua praticando a defesa da Lava Jato, alimentando um discurso leviano sobre o combate à corrupção. Além disso, é impossível não estabelecer o nexo entre Operação Lava Jato e a vitória eleitoral, em 2018, do cleptofascista e genocida Jair Bolsonaro, que conduziu um governo desastroso. O lavajatismo foi um importante estuário para ação política da extrema direita, que com muita demagogia e o apoio da imprensa dominante, empolgou vastos setores da população e do eleitorado. Os métodos da Lava Jato desembocaram na criminalização dos partidos e de lideranças políticas, que teve como maior expressão a campanha inédita de lawfare contra um líder político brasileiro – o atual presidente Lula -, condenado e preso sem provas por 580 dias. O encarceramento “preventivo” de executivos de empresas privadas e públicas, as delações forjadas, as conduções coercitivas ilegais, as prisões filmadas, os vazamentos seletivos para a Rede Globo, a falsificação de documentos e a espionagem de advogados de defesa dos acusados foram alguns dos mecanismos criminosos utilizados pela operação. A Lava Jato legou um enorme passivo na economia do país, sob o pretexto do combate à corrupção, provocou a implosão de setores inteiros da economia nacional, afetando a indústria da construção civil e de infraestrutura pesada, a indústria naval, o setor químico e a cadeia produtiva de petróleo e gás. Segundo estudo do Corecon [Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro], a Lava Jato foi um fator importante no agravamento do quadro de recessão na economia entre os anos de 2015 a 2018 e foi a responsável pela queda de até 85% do faturamento das construtoras brasileiras, o que acabou gerando a perda de mais de quatro milhões de empregos diretos e indiretos em todo o país. A eliminação dos mecanismos criminosos do lavajatismo no interior do Sistema de Justiça, é fundamental para abrir caminho na direção de uma reforma profunda das instituições judiciais e do próprio Ministério Público. *Jornalista, escritor e pós-graduando em Ciência Política. Militante do PT de Curitiba. Autor de ‘Brasil Sem Máscara – o governo Bolsonaro e a destruição do país’ [Editora Kotter, 2022] e de ‘Lava Jato, uma conspiração contra o Brasil’ [Kotter, 2021], entre outras obras. É colunista em diversos portais e sites da imprensa progressista e de esquerda.

As coisas das governanças públicas.
É o assunto do comentário de Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União.
Acompanhe…

As coisas das governanças públicas.<br> É o assunto do comentário de Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União.<br> Acompanhe…

As coisas das governanças públicas.

É o assunto do comentário de Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União. Acompanhe…

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