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Política Real

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Comentário desta quinta-feira (17/08/23), do jornalista Genésio Araújo Junior, direto de Brasília.

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Correria geral no Ceasa. A Polícia Civil do Paraná está nas ruas, desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (17/08/23), para cumprir oito mandados de busca e apreensão contra suspeitos de fraude à licitação em prejuízo ao Centro Estadual de Abastecimento (Ceasa) – unidade Curitiba…

Correria geral no Ceasa

A Polícia Civil do Paraná está nas ruas, desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (17/08/23), para cumprir oito mandados de busca e apreensão contra suspeitos de fraude à licitação em prejuízo ao Centro Estadual de Abastecimento (Ceasa) – unidade Curitiba.

Conforme informações da Assessoria de Imprensa, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas, desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (17), para cumprir oito mandados de busca e apreensão contra suspeitos de fraude à licitação em prejuízo ao Centro Estadual de Abastecimento (Ceasa) – unidade Curitiba. A ação contou com o apoio da Polícia Científica do Paraná (PCP). Os mandados foram expedidos no inquérito policial que apura o crime ocorrido em 2021, tendo como objeto a vantagem da utilização de áreas públicas na unidade atacadista em Curitiba, com permissão remunerada de uso estipulada para um período de 25 anos, causando prejuízo ao Ceasa. As diligências apontam uma possível violação na competitividade do certame. Conforme apurado, existia a participação de quatro licitantes, que integrariam um mesmo grupo familiar e econômico. O grupo teria simulado uma falsa competição entre si, com propósito de garantir a contratação e prejudicando concorrência entre os licitantes. Os investigados podem ser indiciados pela prática de crime de frustração do caráter competitivo de licitação, com pena de reclusão de quatro a oito anos e multa; associação criminosa, com pena de reclusão de um a três anos; e crime contra a ordem econômica, com pena de reclusão de dois a cinco anos.

Advogado de Mauro Cid “chutou geral”, voltou a mandar um recado direto a Bolsonaro. Disse que o seu cliente era apenas um assessor que cumpria ordens. A mensagem está deixando o ex-presidente “louco”

O advogado do tenente-coronel Mauro Cid, Cezar Roberto Bittencourt, voltou a mandar um recado direto a Jair Bolsonaro quando disse que o seu cliente era apenas um assessor que cumpria ordens. A mensagem, logicamente, serve para tirar ainda mais o sono de Bolsonaro. “Mauro Cid, como assessor, segue ordens, cumpre ordens do chefe. [Cid] não tinha como se desvincular. Ele assessorava o presidente numa variedade de situações, além inclusive da função oficial. Quer dizer, ele servia para tudo”, disse o advogado na CNN. Mais cedo, o advogado deu o mesmo recado, na Globonews.  

Reforma Tributária, os encaminhamentos da votação e as dificuldades

Reforma Tributária, os encaminhamentos da votação e as dificuldades

O nosso correspondente em Brasília, Carlos Nascimento, ouviu o deputado paranaense Luiz Carlos Hauly (Podemos), um dos autores das medidas. Acompanhe...

Judiciário defere cautelar proposta pelo MPPR e afasta das funções um professor da cidade de Tapira suspeito de crimes sexuais contra alunas

A partir de pedido do Ministério Público do Paraná, um professor da rede estadual de ensino que lecionava na cidade de Tapira, no Noroeste do estado, foi afastado liminarmente das funções, além de ser proibido de acessar a escola em que lecionava. Ele é suspeito de praticar importunação e assédio sexual contra alunas – seriam pelo menos três vítimas, todas adolescentes. A medida cautelar pelo afastamento do investigado foi solicitada pelo MPPR por meio da Promotoria de Justiça de Cidade Gaúcha, responsável pela comarca. Os elementos já levados ao Ministério Público pela autoridade policial indicam que o professor, no exercício e valendo-se de sua função pública, constrangia e intimidava as meninas com falas, gestos e toques. Os crimes já estariam ocorrendo há anos, contra diversas estudantes. Denúncias – Como pode haver outras vítimas, a Promotoria de Justiça está aberta a receber notícias relacionadas ao caso. O contato é o telefone (44) 3675-1200 e o e-mail cidadegaucha.prom@mppr.mp.br. Os autos tramitam em sigilo.

Ratinho Junior lançou o Plano Safra Estadual 2023/2024, um cardápio de R$ 54,3 bilhões, o maior da história, para apoiar a produção agropecuária paranaense…

O governador Carlos Massa Ratinho Junior lançou nesta terça-feira (15) o Plano Safra Estadual 2023/2024, um cardápio de R$ 54,3 bilhões, o maior da história do Estado, para apoiar a produção agropecuária paranaense. Os recursos serão usados para financiar a agricultura sustentável, investimentos de produtores rurais e a produção de alimentos, entre outras iniciativas. Este é o maior plano de financiamento agropecuário da história do Paraná. O objetivo é impulsionar a agropecuária local, reforçando o papel do Paraná como um dos maiores produtores de alimentos do País, promovendo iniciativas de agricultura sustentável e produção verde. “Nós estamos fazendo com que a atividade agropecuária possa estar cada vez mais acessível para que os nossos agricultores possam continuar fazendo com que o Paraná seja um importante produtor de alimentos para o mundo, transformando o Paraná no supermercado do planeta”, afirmou o governador. O Departamento de Economia Rural estima que a safra 2022/2023 feche com uma produção de 46,7 milhões de toneladas de grãos, o que representa um aumento de 37% em relação à safra anterior. Com os novos investimentos já disponíveis aos agricultores, a safra 2023/2024 pode ser ainda maior. O Paraná é o segundo maior produtor de grãos do Brasil e o maior produtor de alimentos orgânicos e de proteínas animais.   FINANCIAMENTO – Dos R$ 54,3 bilhões em recursos do chamado Plano Safra Estadual, R$ 23 bilhões serão oferecidos pelo Banco do Brasil, R$ 30,5 bilhões por cooperativas de crédito e R$ 800 milhões via Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Os recursos também serão oferecidos em diferentes linhas de crédito, com finalidades distintas. Do total, R$ 43,6 bilhões serão destinados ao custeio, comercialização e industrialização da produção. São recursos que podem auxiliar os produtores rurais a comprar insumos para a produção ou incentivar novas formas de comercialização, armazenagem e transporte dos produtos. Outros R$ 9,6 bilhões são direcionados a investimentos no campo, como obras nas propriedades em projetos de sustentabilidade, aquisição de veículos ou modernização das unidades agroindustriais. Outras linhas, que totalizam R$ 1,1 bilhão, são destinadas a outras finalidades. “São números recordes. No caso do BRDE, é o maior montante já oferecido para investimentos agrícolas. Tudo isso para dar o apoio necessário às cooperativas e aos agricultores do Estado do Paraná”, afirmou o presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski. Na safra anterior, o BRDE registrou um total de R$ 1,6 bilhão em operações e o Paraná foi responsável por 35% deste total, o equivalente a R$ 560 milhões. Além disso, o BRDE financiou a atividade rural em mais R$ 135 milhões, com recursos livres, totalizando R$ 695 milhões nesse período.   SEGURO RURAL – O Plano Safra Estadual 2023/2024 também prevê R$ 12,8 milhões do Estado para subvenção nos prêmios dos seguros rurais do Paraná. O Governo deve arcar com até 20% do custo dos seguros de 29 culturas. O subsídio está limitado a um prêmio de R$ 4,4 mil por CPF por cultura e a R$ 8,8 mil por CPF por ano. O objetivo é estimular a adesão ao seguro, o que permite investimentos mais certeiros das propriedades e prevenção contra eventos externos, como geadas, estiagem ou excesso de chuvas. “O seguro rural é um importante instrumento da política agrícola a médio prazo no Brasil. Um agricultor protegido pode arriscar um pouco mais o seu patrimônio na hora de investir e produzir, sem ficar vulnerável contra pragas, doenças ou a intempéries climáticas”, explicou o secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara. A subvenção poderá ser usada no cultivo de abacaxi, algodão, alho, arroz, batata, café, cebola, cevada, feijão, tomate, ameixa, caqui, figo, floresta cultivada, goiaba, kiwi, laranja, maçã, melancia, milho segunda safra, morango, nectarina, pera, pêssego, tangerina, trigo sequeiro, uva, aquicultura e pecuária. Para se inscrever, é necessário estar inserido em uma das atividades descritas acima e não ser amparado pelo Programa de Atividade Agropecuária – Proagro. As seguradoras interessadas em participar do programa são credenciadas pela Seab e contratadas pela Fomento Paraná para realizarem a operacionalização. Em 2021, por exemplo, o Estado investiu R$ 8.270.247,11 nessa subvenção. Com este montante, foram atendidos 3.141 produtores e 3.733 apólices, com um valor médio de R$ 2.688,40 por apólice, resultando em 161.745,40 hectares segurados. PLANO SAFRA NACIONAL – O Plano Safra 2023/2024 do governo federal, que conta com subsídios da União, prevê R$ 364,2 bilhões em créditos a médios e grandes produtores rurais. Deste total, R$ 272,1 bilhões serão destinados para o custeio e comercialização da produção e R$ 92,1 bilhões para financiar investimentos. Para a agricultura familiar, o governo federal anunciou um plano específico, com R$ 71,6 bilhões em créditos para os pequenos produtores.

Ensino público foi primordial

Ensino público foi primordial

Ensino público foi primordial

Educação pública me permitiu chegar aqui, diz novo diretor do BC. Primeiro negro na direção do banco, Ailton Aquino defende diversidade...

Um reencontro de gerações despertou a emoção no segundo dia da semana de integração para os alunos que acabaram de ingressar na Universidade Estadual da Bahia (Uneb). Prestes a aposentar-se no fim do ano, o professor do Departamento de Ciências Contábeis Valdir dos Santos Miranda agradeceu ao ex-aluno mais ilustre da instituição, o recém-empossado diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Ailton de Aquino Santos, primeiro dirigente negro da autarquia. “Parabéns pela posição. Você é um exemplo. Obrigado por representar bem nossa universidade. Estou emocionado desde o momento em que vi sua indicação [para o Banco Central]. Ano que vem, me aposento da universidade com dever cumprido”, diz Valdir emocionado a Aquino, que adiou uma reunião com representantes de bancos para falar por videoconferência direto de São Paulo nessa terça-feira (15). “Foi você que me deu aula de contabilidade das instituições financeiras. Sabe o que aconteceu? Vim trabalhar exatamente com sua matéria. Que questão do destino! Aquilo que você me ensinava no dia a dia, que eu questionava muito bem. Hoje, quando olho as operações com balanço de instituições financeiras, quando a gente está estudando derivativos, operação a termo, operação de crédito, como contabiliza instrumentos financeiros, só consigo me lembrar do senhor”, responde Aquino, também emocionado.

Inclusão social

O novo diretor do BC participou da mesa-redonda “Fiz Uneb: narrativas de lutas e conquista profissional”, em que ex-alunos ilustres lembram as experiências na instituição. Entre conferencistas, alunos e mediadores, uma conclusão: a de que a universidade pública representa um instrumento imprescindível de inclusão social e de reparação histórica contra camadas excluídas da população. “Sou do vestibular de 1994, como qualquer menino do interior da Bahia. Por isso, ressalto a importância de uma universidade estadual, pública e gratuita. Um menino de Jequié [no sudoeste baiano], que tinha o sonho de fazer o ensino superior. Acho algo fundamental na vida de todos nós, e a Uneb me propiciou isso”, diz Aquino, que confessa certo desconforto em ser chamado de “doutor” e de “diretor”. “É da liturgia do cargo ser chamado de diretor, mas gosto mais de ser chamado de Ailton”, ressalta. Responsável por fiscalizar as instituições financeiras e acompanhar o cumprimento das normas, o diretor do BC lembra que saiu do interior da Bahia, aos 17 anos, para estudar ciências contábeis no campus da Uneb em Salvador, num passado de dificuldades. “Vim de uma família pobre e sempre estudei numa escola pública. À noite, como qualquer aluno negro e pobre do interior da Bahia. A caminhada na Uneb foi muito importante na minha vida”, recorda.

Professores

Na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de que participou, no início do mês, Aquino fez questão de mencionar aos demais diretores do BC a trajetória na Uneb. Mesmo com outra graduação em direito por uma universidade particular em Brasília, especializações em contabilidade, economia, finanças, engenharia de negócios e uma pós-graduação em direito público por outras instituições privadas brasileiras, ele atribui o sucesso aos professores da universidade estadual, citando uma professora que fazia os alunos trazerem recortes de jornais com temas econômicos para serem debatidos às sextas-feiras. “Ao sentar-me pela primeira vez no Copom, para decidir a taxa de juros no Brasil, sempre perguntei o que meus professores, que são craques em economia, estariam pensando. Todos os que estão sentados, sem demérito, no Banco Central, estudaram em Harvard, em Yale, fizeram PUC [Pontifícia Universidade Católica], fizeram doutorado e viajaram o mundo inteiro. Eu fiz Uneb. Isso me deixa muito orgulhoso e deixei muito claro para todos”, diz Aquino. Além do cargo no BC, ele integra o Conselho Curador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Conselho Fiscal do fundo de pensão dos funcionários do BC. Aquino conta ter tomado posse no BC no mesmo dia da formatura na graduação e diz que a formação em contabilidade lhe trouxe vantagens ao assumir o cargo de auditor da autarquia. “Quando ingressei no Banco Central, fui alocado na área de supervisão bancária, de auditoria. O curso de ciências contábeis tem uma ênfase muito forte na parte de auditoria. Vocês não têm ideia do impacto disso na minha vida. A tranquilidade em ter saído da universidade e começar a fazer auditorias em bancos de primeira linha em São Paulo”, destaca.

Diversidade

O diretor do BC reconhece o papel histórico ao ser a primeira pessoa negra a ocupar um cargo de direção no órgão e defende mais programas afirmativos, que ampliem o acesso da população negra ao ensino superior e a órgãos públicos. Ele lembrou que, entre 1998 e 2006, a Uneb teve a primeira reitora negra do país, Ivete Sacramento. A instituição foi a primeira a adotar cotas para estudantes negros no Brasil, em 2002. “Lembro que, quando fui escolhido auditor, me diziam que não havia nenhum negro chefe de departamento no Banco Central. Eu sempre me pergunto: sou um negro competente ou um competente negro? Tenho certeza que o que a Uneb me entregou com muita competência, consegui avançar. E, acima de tudo, sendo negro como grande parte da população brasileira e mais de 70% da população de Salvador”, diz. Ao longo dos anos no BC, primeiro como auditor, depois como chefe da auditoria interna e como contador-geral, Aquino reconhece sentir falta da diversidade em cargos de decisão no Brasil. “Ontem [segunda-feira], saí de uma reunião do Fundo Garantidor de Crédito. É impressionante como você não consegue se enxergar nesses espaços de poder. Nessa terça, estive em diversos bancos, e você vê a população negra completamente alijada, sem espaço nas questões de poder. Em bancos com trilhões de ativos, vocês percebem que não tem aquilo que representa a população brasileira”, constata. Em uma de muitas viagens ao exterior pelo BC, o diretor diz ter sido confundido com um representante angolano numa reunião do Banco de Compensações Internacionais, em Basileia, na Suíça. “A surpresa do corpo técnico [do BIS] quando falei que vinha pelo Brasil, porque nunca tinham visto um negro num cargo estratégico do Banco Central brasileiro”.

Otimismo

Para os atuais estudantes, o diretor recomendou a educação contínua, nunca deixar de estudar formação teórica. Ele também aconselha aos estudantes negros dedicarem-se a línguas estrangeiras se quiserem ocupar cargos de decisão. “Outro ponto que eu deixaria claro é que, em função das nossas origens, de a gente não ter tido as mesmas oportunidades que outros executivos do Banco Central, é necessário estudar línguas estrangeiras. Isso é muito importante na nossa vida como servidores, funcionários do Estado, em bancos de ponta ou em qualquer organização”, comenta. Apesar das dificuldades, o diretor se diz otimista em relação à ampliação da importância do negro na sociedade e, com orgulho, conta que a própria filha escolheu formar-se em direito pela Uneb. “Falei na minha posse que sou o primeiro, mas com certeza não serei o único negro na diretoria colegiada do Banco Central. Tenho uma conexão muito grande com a Uneb. Tenho uma filha apenas e, por incrível que pareça, mesmo a gente morando em Brasília, terminou direito na Uneb. Até minha filha quis seguir os caminhos na própria universidade”, afirma.

Marcha das Margaridas ocupa ruas de Brasília. Conheça lutas e motivações de mulheres participantes

Mais de 100 mil mulheres reunidas em Brasília marcham, nesta quarta-feira (16) até o Congresso Nacional, pela reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver.  Desde o fim de semana até essa terça-feira (15), centenas de ônibus chegaram ao Pavilhão do Parque da Cidade, trazendo as participantes da 7ª Marcha das Margaridas, coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), pelas federações e sindicatos filiados e por 16 organizações parceiras.  Na mobilização política, considerada a maior da América Latina pela Contag, mulheres de todas as regiões do Brasil querem garantir direitos, pôr fim às desigualdades de gênero, classe e étnico-raciais; enfrentar a violência, que muitas vezes ameaças sua vida, e a opressão, simplesmente, por serem mulheres. As pautas delas foram debatidas durante dois anos, em reuniões regionais e nacionais que resultaram em documento divido em 13 eixos políticos. A pauta da Marcha das Margarida 2023 foi entregue ao governo federal em junho.   Essas mulheres, no entanto, têm suas próprias reivindicações. Por isso, deixam suas casas e famílias, viajam dias de ônibus, dormem em colchonetes e redes em um grande alojamento, tomam banho em banheiros coletivos.  Agência Brasil ouviu histórias das margaridas, que estão em Brasília para marchar e transformar. Conheça suas lutas. 

Por que marcham as Margaridas?

A indígena Gracilda Pereira, da etnia Atikum-Jurema, chegou de Petrolina, em Pernambuco, e cobra os direitos de saúde e educação para a aldeia onde ela vive. “A nossa área da saúde indígena é descoberta. Não temos agente de saúde, não tem médico. Há duas indígenas com curso de enfermagem e elas fazem os primeiros socorros. A unidade mais próxima, quando a gente vai se consultar, é só para urgência. E há também a questão da educação. Os alunos frequentam escolas no município, fora da aldeia. Há um ônibus bem cedo que leva as crianças Tem pessoas também que não sabem ler, nem escrever. São muitas questões, principalmente no Vale do São Francisco. 
Brasília (DF), 15/08/2023, Gracilda Pereira, indígena da Coelho, Aticum-Jurema (Petrolina-Pernambuco), acampada no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, para a 7ª Marcha das Margaridas. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Brasília (DF), 15/08/2023, Gracilda Pereira, indígena da Coelho, Aticum-Jurema (Petrolina-Pernambuco), acampada no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, para a 7ª Marcha das Margaridas. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil - Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Maria Nazaré Moraes, de Belém, no Pará, é estreante na Marcha das Margaridas. Ela representa uma central de seringueiros, extrativistas e pescadores das ilhas da capital paraense. “É tanta coisa que já era para ter sido feita e até agora nada. Regularização fundiária, uma delas. E para os pescadores, os direitos do seguro defeso que não é dado para todo mundo. Por causa do local, nem todos têm direitos porque não é a água salgada. E Maria, que está alojada em uma rede, entende que isso faz parte da luta. “Enfrento qualquer situação. No chão, na rede, na cama, no mato. É assim que a gente é”.  A lavradora e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Feira Nova, em Sergipe, Luciana Santos, marcha por mais direitos. “Por mais terra, por mais educação, mais saúde e que as mulheres possam ter mais oportunidades. Infelizmente, tivemos um retrocesso nos últimos quatro anos. Mas, agora, com o governo Lula, que é da democracia, viemos lutar para reconstruir o Brasil juntas, por tantos direitos e tantas perdas que tivemos. 
Brasília (DF), 15/08/2023, Luciana do Zé Santos, lavradora (Feira Nova – Sergipe), acampada no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, para a 7ª Marcha das Margaridas. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Brasília (DF), 15/08/2023, Luciana do Zé Santos, lavradora (Feira Nova – Sergipe), acampada no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, para a 7ª Marcha das Margaridas. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil - Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Cherry Almeida é uma das lideranças do bloco afro Afoxé Filhas de Gandhy, com 44 anos de existência, em Salvador (BA). A baiana entende que a mobilização é extremamente importante para o empoderamento feminino. “A marcha é, acima de tudo, para a afirmação das mulheres no nosso lugar de poder nessa sociedade. Nós sabemos que as mulheres que estão aqui querem uma sociedade mais justa, mais igualitária, igualdade de oportunidade, querem espaços de poder nessa sociedade. Portanto, precisamos estar juntas, unidas, marchando com o único objetivo da transformação dessa sociedade. E essa marcha é a cara da mulher brasileira”, declara Cherry Almeida  A produtora de eventos e trans Dávila Macarena Minaj, de 25 anos, veio com a mãe, uma agricultora famíliar, de Acará, no Pará. Minaj revela que teve um choque de cultura desde que chegou à capital federal, encontrou pessoas de outros estados e entrou em estandes do pavilhão com diferentes temáticas. Ela marcha por mais respeito à sua sexualidade. “A minha cidade é o lugar onde mais sofro transfobia no mundo. Então, busco o direito de ser diferente e ter direitos iguais.” 
Brasília (DF), 15/08/2023, Dávila Macarena Minaj, 25 anos (Acará/Pará), acampada no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, para a 7ª Marcha das Margaridas. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Brasília (DF), 15/08/2023, Dávila Macarena Minaj, 25 anos (Acará/Pará), acampada no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, para a 7ª Marcha das Margaridas. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil - Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O pleito da quebradeira de coco Domingas Aurélia Almeida dos Santos em Timbiras, no Maranhão é continuar quebrando o fruto e fazer o beneficiamento dele para garantir a renda da família. “É nosso direito quebrar o coco, livre. As palmeiras estão acabando porque os donos que compram as terras estão matando. E estamos ficando sem coco para quebrar, porque não tem mais palmeira. Nós tiramos lá a palha do coco, o azeite, fazemos sabonete e sabão, tiramos o leite do coco, tudo. Da casca, fazemos o carvão. E o coco acabando fica difícil de sobreviver.  A criadora de conteúdo digital e suplente de um parlamentar de Santa Catarina veio aprender sobre feminismo para atuar melhor em defesa dos direitos femininos. “Vim para me organizar, junto com outras mulheres, escutar as reivindicações das mulheres do campo, das florestas, e saber o que está sendo organizado na América Latina. Estar aqui, presente na marcha, escutar o que elas têm para reivindicar, estar nas oficinas, ouvindo as palestras, tudo o que elas estão trazendo, é extremamente importante pra gente fazer políticas públicas, que sejam realistas”, diz a catarinense Sardá. 
Brasília (DF), 15/08/2023, Carolline Sardá (suplente de deputada federal - Psol/SC), no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, para a 7ª Marcha das Margaridas. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Brasília (DF), 15/08/2023, Carolline Sardá (suplente de deputada federal - Psol/SC), no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, para a 7ª Marcha das Margaridas. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil - Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
A agricultora Maria Francisca da Silva Alcântara parou os cuidados com a plantação de arroz e feijão, em Piranhas, Alagoas, para viajar a Brasília. No momento em que descia do ônibus, conversou com a reportagem da Agência Brasil. “Viemos buscar os projetos para as agricultoras que ficaram nas comunidades, para plantar as sementes sem orgânicos. É tudo sem veneno. Força, fé e coragem -  essa é a receita para vencer batalhas.”  A bancária do Paraná, filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), Eunice Myamoto, caprichou nos adereços floridos para marchar com as margaridas. Em reunião, em uma tenda, com outras representantes sindicais, Myamoto falou sobre a luta feminina. “Vim ver todas as mulheres que estão aqui atrás desse sonho, em busca de igualdade, dos direitos que temos. Está sendo lindo porque eu vi a energia dessas mulheres Eu vi que a Margarida [Alves] deixou suas semelhantes E estamos fazendo toda essa primavera em Brasília.” 
Brasília (DF), 15/08/2023, Eunice Myamoto – bancária (Paraná), acampada no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, para a 7ª Marcha das Margaridas. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Brasília (DF), 15/08/2023, Eunice Myamoto – bancária (Paraná), acampada no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, para a 7ª Marcha das Margaridas. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil - Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
A moradora da Ceilândia, no Distrito Federal, Elisa Cristina Rodrigues, faz parte da União da Juventude Socialista. Aos 19 anos, a estudante lembra que muitas lideranças que hoje estão à frente de entidades que defendem direitos sociais ou estão em posto de comando, começaram em movimentos estudantis, nas décadas de 80. “Quanto mais cedo você se engaja, mais vitórias tem. Dentro do movimento, a gente conhece pessoas que passam por situações muito diferentes. Então, acabamos tendo um olhar mais amplo. Ainda mais no nosso país, que é muito desigual”.  A assentada rural Alcimeire Rocha Morais trouxe o filho de José Pietro, de 6 anos, para conhecer a capital do país e lutar pelo direito à terra. “A gente mora em assentamento. Ainda não tem a terra no nome, mas tem o círculo da terra onde pode trabalhar, criar as coisas da gente, fazer a roça. Só que não temos muita condição para cuidar da terra. Só plantamos as coisas boas e criamos os bichos: galinha, porco. Isso”  Outra trabalhadora do campo, Celeste Gonçalves Barros, de Cândido Mendes, no Maranhão, diz que em sua marcha quer maquinário específico para a pequena produção rural. “Muitas pessoas param até de plantar porque não há condição de trabalhar no braço pesado. Se viessem umas máquinas para ajudar a gente seria muito bom. Só trabalhamos com machado, na foice, no braçal mesmo. Se tivesse máquina, era só revirar a terra, fazer o beneficiamento e plantar. Ficava mais fácil para a gente”.  Palmeirândia, no Maranhão, é a terra de Ana Luísa Costa Lobato. Lá, ela é diretora do Sindicado de Trabalhadores da Agricultura Familiar e valoriza o diálogo do governo federal com a população do campo. “A gente tem esperança que ele [Lula] mude o nosso país. Esse é o governo que a gente colocou lá. E, desde o início, está dando para dialogar. É notório, porque desde as entidades, os movimentos sociais, até com estrangeiros, vemos a diferença do diálogo. E precisa tê-lo para pedir as coisas. Tem que ter conversa”. 
Brasília (DF), 15/08/2023, Ana Ana Luísa Costa Lobato, trabalhadora rural, (Palmeirândia - MA), acampada no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, para a 7ª Marcha das Margaridas. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Brasília (DF), 15/08/2023, Ana Ana Luísa Costa Lobato, trabalhadora rural, (Palmeirândia - MA), acampada no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília, para a 7ª Marcha das Margaridas. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil - Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
A extrativista de coco babaçu Maria José Alves Almeida, de Codó (MA), marcha para ter acesso ao crédito bancário. “A gente tem que ter crédito, pois não consegue acesso. Não temos carro, não temos terra. Trabalhamos no território aleiro. Então, isso nos atrapalha muito. Mas, é importante. É independência. Nesses nossos encontros, já descobrimos que temos uma maneira de acessar. Ainda estamos buscando o conhecimento para passar às companheiras, para que tenham acesso ao crédito do Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar].  Essas mulheres estão em marcha nesta quarta-feira, juntamente com mais de 100 mil margaridas em direção à Esplanada dos Ministérios, em um trajeto de aproximadamente seis quilômetros entre o Pavilhão do Parque da Cidade e o centro do Poder Executivo Federal.   Às 10h30, haverá o ato de encerramento da Marcha das Margaridas, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros, em frente ao Congresso Nacional.   As margaridas aguardam anúncios do governo que atendam à pauta de reivindicações da 7ª edição do evento.

Alep no interior

Alep no interior

Alep no interior

Assembleia Itinerante promove sessão especial em Santo Antônio da Platina na quinta-feira (17/08/23). No evento, os parlamentares recebem entidades do agronegócio, de entidades de classe e de membros da sociedade civil organizada para ouvir demandas...

A Assembleia Itinerante, projeto da Mesa Executiva do Poder Legislativo criado para ouvir as demandas da sociedade nos principais municípios do Estado, promove nesta quinta-feira (17) um grande evento aberto ao público para receber as reivindicações da população e homenagear personalidades de Santo Antônio da Platina e dos municípios do Norte Pioneiro. A solenidade ocorre durante a Exposição Feira Agropecuária e Industrial de Santo Antônio da Platina (EFAPI). Na ocasião, está prevista a presença do Governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior. O evento está preparado para receber até 500 pessoas a partir das a partir das 18h30, no Recinto de Leilões do Parque de Exposições Dr. Alício Dias dos Reis (BR 153 - km 40). A Feira ocorre entre os dias 16 a 20 de agosto no município. A iniciativa já foi realizada nas cidades de Londrina, Maringá, Paranaguá e Castro. Durante o encontro, o primeiro-secretário da Assembleia, deputado Alexandre Curi (PSD), e deputados estaduais que representam a região recebem entidades do agronegócio, de entidades de classe e de membros da sociedade civil organizada para ouvir demandas. No decorrer das atividades, um documento com as sugestões da região será recebido pela Assembleia Legislativa. Ainda de acordo com a programação, em torno de 25 pessoas de destaque na sociedade de Santo Antônio da Platina e do Norte Pioneiro receberão diplomas de menção honrosa da Assembleia Legislativa. PPA O presidente da Comissão de Orçamento, deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD), promove nesta quarta-feira (16) uma audiência pública para discutir o Plano Plurianual do Paraná (PPA) 2024-2027. A audiência Pacto Pelo Futuro: Planejando o Paraná ocorre no auditório do Sest-Senat (BR-153, KM 41, 970 - Fazenda Palmital), em Santo Antônio da Platina. O encontro, que vai reunir deputados, membros do governo, lideranças políticas, técnicos da administração pública, empresários, entre outros, ocorre a partir das 13h30. Romanelli é o presidente da Comissão. Além da participação de deputados da região, o evento vai contar com a presença de representantes do governo do Estado, de lideranças políticas de Castro e dos municípios dos Campos Gerais, e de representantes da sociedade civil e de cooperativas. A Assembleia Itinerante está passando pelas feiras e festas dos grandes municípios do Estado, criando um canal direito entre a sociedade e o Legislativo. Com um espaço especial voltado para o trabalho da Assembleia, os deputados receberem prefeitos, vereadores, lideranças, empresários, representantes do setor produtivo e a população. Serviço Assembleia Itinerante em Santo Antônio da Platina Data: 17 de agosto Horário: 18h30 LOCAL: Recinto de Leilões do Parque de Exposições Dr. Alício Dias dos Reis, BR 153 - km 40

Exibidão inaugura na próxima sexta (18/08) o Espaço do Trabalhador na Rua da Cidadania de Santa Felicidade

A Fundação de Ação Social (FAS) inaugura nesta sexta-feira (18/08/23) mais um Espaço do Trabalhador Curitibano, desta vez na Rua da Cidadania de Santa Felicidade. O local substitui a antiga unidade do Sistema Nacional do Emprego (Sine) e vai oferecer em uma estrutura unificada todos os programas e serviços da área do Trabalho e Emprego da Prefeitura de Curitiba. Este é o segundo Espaço do Trabalhador Curitibano inaugurado pelo município. O primeiro deles está instalado na Rua da Cidadania do Pinheirinho e foi aberto no último dia 7 de junho. Além dos tradicionais serviços de intermediação de mão de obra e solicitação do seguro-desemprego, o novo espaço conta com laboratório de informática, sala para realização de cursos, além de computador com acesso à internet. Isso permitirá aos trabalhadores criar currículos, acessar a Carteira de Trabalho e realizar inscrições para os cursos oferecidos pela Prefeitura no Portal Aprendere. Dentre os programas ofertados estão o Mobiliza, Aprendiz, Formação para o Primeiro Emprego, 1º Empregotech, Liceu de Ofícios e o Fab Lab. Além disso, o espaço oferecerá serviços direcionados aos empresários, como a Central de Vagas de Emprego e uma sala para a realização de entrevistas de candidatos.

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