Resultados da busca por ""

Foram encontrados 19333 posts para sua pesquisa

Ademar Traiano pede a cassação de Renato Freitas. Bancada petista defende o parlamentar

Ademar Traiano pede a cassação de Renato Freitas. Bancada petista defende o parlamentar
O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano (PSD), comunicou, nesta segunda-feira (16), que protocolou uma representação disciplinar contra o deputado Renato Freitas (PT), referente aos fatos ocorridos durante a sessão plenária do dia 9 de outubro. O caso foi encaminhamento ao Conselho de Ética do parlamento estadual. “Comunico que protocolarei uma representação disciplinar contra o Deputado Renato Freitas. Não o faço para uma proteção pessoal e muito menos porque tenho algo contra a pessoa de Renato. Não me alegro por me obrigar a fazê-lo. Faço em defesa da Casa, da Constituição, do Regimento e da ordem”, discursou Traiano na tribuna do Plenário. Segundo o presidente o “regimento prevê no art. 269 que é dever fundamental do deputado respeitar e cumprir as normas internas da casa, tratar com respeito os colegas e os cidadãos e respeitar as decisões legítimas dos órgãos da Casa. Nada disso foi feito pelo Deputado Renato. Incorreu ainda em atos contrários com a ética e o decoro, previstos no art. 271, pois perturbou a ordem da sessão, infringiu regras de boa conduta, usou de expressões atentatórias ao decoro, praticou ofensas morais e desacatou parlamentares, além de abusar da sua prerrogativa de imunidade material”. (leia ao final do texto a íntegra do discurso de Traiano sobre o caso em Plenário) “Acusou-me de crimes e condutas imorais. Me colocou como autoritário por estar nessa Casa há 30 anos”, disse, Traiano, lembrando que ele foi reeleito para o quinto mandato para presidência da Assembleia com o apoio da oposição, inclusive de Freitas. “A Assembleia não pode ignorar as múltiplas condutas que quebraram o decoro parlamentar”, disse Traiano, em coletiva de imprensa após a sessão. O mote para a representação foram as falas de Freitas durante a tumultuada sessão do último dia 9, quando Freitas foi interrompido por manifestantes contrários à descriminalização do aborto em discussão no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele acusou Traiano de cortar, censurar sua fala e exigiu que tivesse o tempo na tribuna restituído. O presidente usou o regimento para recusar o pedido. Freitas, então, passou a ofender o presidente “Minha fala aquele dia disse respeito à hipocrisia religiosa que tem sequestrado o nosso país. Olha, eu achei até engraçado (o pronunciamento do presidente Traiano hoje), porque ele disse que nessa casa não há e nunca houve hipócritas. Entretanto, de acordo com os vários casos de corrupção que saíram do seio dessa casa, alguns dos processos acabaram em condenação de parlamentares, inclusive ex-parlamentares. Me parece que sim, que há uma hipocrisia”, declarou o deputado Renato Freitas em coletiva realizada após a sessão plenária desta segunda-feira. “Eu não tenho medo de ser cassado. Meu medo é olhar diante do espelho e saber que eu me que eu me corrompi pela proximidade que tenho ao poder”, acrescentou. Durante a sessão, o líder da Oposição, deputado Requião Filho (PT), usou a tribuna para comentar o caso. “Eu acho, minha opinião, que o deputado Traiano não poderia ter caçado a palavra do deputado. Inclusive, defendi aqui uma questão de ordem. Mas, como disse o próprio deputado Traiano, às vezes, no calor do momento, nós nos excedemos”, discursou. “E parafraseando o líder do governo, Hussein Bakri (PSD), hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), está todo mundo errado e está todo mundo certo. O Renato é mais culpado por se indignar do que algum outro parlamentar? Na minha opinião o Regimento Interno deve ser aplicado a todos”, afirmou. O processo agora será conduzido pelo presidente do Conselho de Ética, deputado Delegado Jacovós (PL).

A DEFESA:

Assim que o documento pedindo a cassação de Renato Freitas foi protocolado, a bancada do PT na Assembleia publicou uma nota defendendo o deputado. “Renato Freitas foi legitimamente eleito, ocupa o cargo de deputado estadual há apenas oito meses, e representa mandato que possui representatividade única e inédita dentro desta Casa de Leis. No decurso desses meses, o mencionado parlamentar tem sido sistematicamente atacado por deputados da extrema direita. No entanto, as pautas defendidas por Renato Freitas são legítimas e representam parte importante da sociedade, são fundamentais ao combate do racismo institucional e representam a defesa do povo periférico. O deputado sofreu crime de injúria racial durante sessão plenária e não houve apuração oficial dos fatos, tampouco posicionamento em sua defesa por parte da Assembleia Legislativa. Neste contexto, a representação que foi protocolada no dia de hoje desrespeita a inviolabilidade material prevista no artigo 53 da Constituição da República, bem como, confirma o tratamento desigual que tem sido praticado unicamente contra Renato Freitas. Entendemos que o mesmo rigor utilizado para pedir a cassação de Renato Freitas deve recair sobre os deputados que, insistentemente, desrespeitam os preceitos regimentais do legislativo paranaense, aprofundam desigualdades históricas do nosso país e fomentam a cultura do ódio.”

Paraná tem 13 municípios em situação de emergência

Paraná tem 13 municípios em situação de emergência
00:00 00:00
O Governo do Estado homologou nesta segunda-feira (16) a situação de emergência em mais quatro municípios afetados pelas fortes chuvas que atingiram o Paraná ao longo dos últimos dias. Com os decretos referentes a São Mateus do Sul, Ivaiporã, Santa Izabel do Oeste e Jardim Alegre, agora são 13 cidades em situação de emergência. Anteriormente, Paula Frontin, União da Vitória, Pitanga, Rio Negro, Paula Freitas, Pinhão, Cascavel, Mangueirinha e São Jorge do Oeste também tiveram as situações de emergência homologadas. Com os decretos, os municípios podem solicitar ao Estado a realocação de famílias desabrigadas a hotéis e pousadas. A medida, determinada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, vai custear R$ 1 milhão em hospedagens, atendendo prioritariamente gestantes, crianças, idosos, acamados, deficientes físicos e demais vulneráveis. Os municípios também têm direito a linhas de crédito emergenciais para ajudar na recuperação dos estragos e à moratória de até 12 meses nos pagamentos dos financiamentos.   Desde as primeiras tempestades que atingiram o Estado, no início de outubro, 57 mil pessoas de 74 municípios foram afetadas pelas chuvas, alagamentos e vendavais, de acordo com o relatório da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil divulgado na manhã desta segunda-feira. Ao todo, 6,8 mil casas foram danificadas e 829 pessoas estão desabrigadas. Inicialmente, foram disponibilizadas hospedagens em hotéis a sete famílias em União da Vitória e a 18 pessoas em Rio Negro, todas dentro dos critérios de prioridade definidos pelo governo para esta ação. Com o decreto desta manhã homologando a situação de emergência em São Mateus do Sul, mais famílias serão direcionadas a hotéis.   ALIMENTO - Em ação articulada pelo Governo do Estado e a Ceasa Paraná, foram enviadas, neste sábado (14)  18 toneladas de alimentos a dez municípios catarinenses atingidos pelas chuvas, em especial Taió, e 3 toneladas para Porto Amazonas, no Sul do Paraná. Outras seis toneladas serão levadas a São Mateus do Sul nesta segunda-feira. Foram arrecadadas 33 toneladas de alimentos, a maior parte de produtores rurais e comerciantes permissionários da Ceasa Curitiba, e também do programa Banco de Alimentos - Comida Boa, que destina hortifrutigranjeiros e entidades sociais e  famílias em situação de vulnerabilidade. Também foram direcionados 12 caminhões com mantimentos e produtos essenciais para atendimento à população em todas as regiões atingidas. Foram levados ao Interior 3.391 cestas de alimentos, 1.900 kits dormitório, 2.396 colchões, 1.249 kits higiene e 655 de limpeza, além de 39.680 telhas. Mais de 800 funcionários da Copel foram deslocados para reestabelecer o fornecimento de energia nas regiões mais afetadas, inclusive acessando áreas alagadas de barco. PREVISÃO - Apesar das ações coordenadas do Estado para atender a população nas regiões mais afetadas, a situação de momento ainda demanda cuidados. Em Rio Negro, o nível do Rio Iguaçu está em 10,7 metros, de acordo com a Defesa Civil. Acima de 4,5 metros, o nível é considerado muito alto. Em União da Vitória, o nível do rio está em 7,7 metros. De acordo com o Simepar, há previsão de chuvas para as regiões Centro-Sul, Campos Gerais, Sudoeste e Região Metropolitana de Curitiba para a tarde desta segunda-feira. Também há possibilidade de novas tempestades nesta terça-feira (17).

Bala de Banana gera identificação cultural e motiva negócios em Antonina

Bala de Banana gera identificação cultural e motiva negócios em Antonina
Uma das mais antigas cidades do Paraná, a pequena Antonina, no Litoral do Estado, é uma terra conhecida pelos seus atrativos naturais, patrimônio histórico e grandes eventos de rua, como o Carnaval, mas nas últimas décadas também tem se destacado por um produto que ajuda a levar o seu nome para outras regiões: a bala de banana. Atualmente, é impossível dissociar a cidade de seu mais famoso produto gastronômico – ao lado do barreado – e que em 2020 ganhou ainda mais notoriedade com a conquista do reconhecimento de Indicação Geográfica (IG). A bala de banana de Antonina é o tema da terceira reportagem da série especial da Agência Estadual de Notícias sobre os produtos paranaenses certificados com o selo de IG, que já abordou a uva de Marialva e a erva-mate de São Mateus do Sul. Com 12 dos 101 produtos reconhecidos no Brasil, o Estado é uma referência nacional em produtos com indicação geográfica, gerando impactos positivos em toda a cadeia produtiva onde estão inseridos. O reconhecimento foi concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) à Associação dos Produtores de Bala de Banana de Antonina e Morretes (Aprobam), que contou com o auxílio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/PR), prefeitura e Governo do Estado. O selo foi conferido às duas tradicionais fábricas do produto na cidade, que apesar de concorrentes atuaram juntas por sete anos para esta conquista. As hoje famosas balas de banana de Antonina começaram a ser produzidas comercialmente na cidade nos anos 70, em uma convergência entre o grande cultivo da fruta na região litorânea e o crescente fluxo de turistas. O IG foi concedido em dezembro de 2020, na modalidade de Indicação de Procedência (IP), reconhecimento de que o produto está associado a aspectos culturais, históricos e humanos do local. A precursora foi a Bala de Banana Antonina, fundada em 1979 por uma família de Santa Catarina que se mudou para o Litoral, e que é mais conhecida pela sua embalagem predominantemente verde. Em 1986, um empreendedor gaúcho criou na cidade a marca Pilar, em uma referência à capela da Virgem do Pilar, erguida na região no início do século 18. Anos depois, porém, a bala foi rebatizada de Bananina, uma junção entre produto e cidade de origem, nome ao qual ficou mais associada, assim como a sua embalagem laranja. Antes das caraterísticas embalagens, porém, as balas eram comercializadas sem qualquer identificação própria em bancas instaladas na descida da Serra do Mar tanto na BR-277 quanto na Estrada da Graciosa, o que potencializou a sua fama entre os motoristas e suas famílias que lotavam as estradas, sobretudo na temporada de verão. NEGÓCIO EM EXPANSÃO – Rafaela Takasaki Corrêa, de 39 anos, é diretora executiva da Bala de Banana Antonina. Responsável por gerenciar o negócio familiar, que está em sua terceira geração, ela conta que acompanha há décadas o crescimento e a modernização da empresa, mas que nunca perdeu a essência original do produto. “São 43 anos de produção de bala de banana, dos quais eu tive a oportunidade de acompanhar boa parte. Ela continua a ser considerada uma bala artesanal, em que muitas etapas do processo de fabricação nunca foram mudados. O que nós buscamos foi automatizar alguns procedimentos, em especial na parte final da produção, o que nos permitiu aumentar a escala de produção”, relata. Atualmente, a bala de banana de Antonina está presente em diversos estabelecimentos comerciais que não se limitam apenas à cidade. Além das vendas no atacado, para abastecer outros comércios, a empresa começou a fazer vendas diretas ao cliente final via e-commerce e em uma loja própria aberta na cidade. A empresa comandada por Rafaela emprega 20 pessoas diretamente e mais oito indiretamente, além de beneficiar 50 famílias de produtores rurais que fornecem de 120 a 150 toneladas de banana-caturra ou nanica por mês. A estrutura envolvida resulta em uma produção diária de aproximadamente 800 quilos de bala, com expectativa de aumentar de 30% a 40% este volume já em 2024. “A gente considera um produto típico paranaense, até porque a gente leva a marca como uma marca paranaense, com mercado majoritariamente na Capital, Região Metropolitana de Curitiba e no restante do Litoral. Temos alguns clientes de fora do Estado, mas esta região concentra 90% das nossas vendas”, revela. Para Rafaela, a IG agrega valor à marca e facilita a entrada do produto em outros mercados. “Estabelecimentos que prezam pela qualidade, os chamados produtos gourmet, e que têm origem histórica atestada, valorizam o selo da Indicação Geográfica, o que nos permite chegar a esses clientes”. Além do crescimento do próprio negócio, ela considera que a certificação tem o potencial para alavancar ainda mais a cidade de Antonina sob o viés financeiro e cultural. “Hoje, a bala de banana não é apenas um doce, mas uma parte da cultura e do patrimônio histórico de Antonina e do Paraná. Nosso propósito é fazer com que as pessoas tenham cada vez mais consciência desse potencial e abracem a ideia, trazendo mais turistas para Antonina e o Litoral paranaense, o que beneficia toda a população”, defende. Com o passar dos anos e a consolidação da marca da Bala de Banana Antonina, a empresa passou a desenvolver outros produtos que levam a sua identidade visual há cerca de seis anos. “Os clientes queriam levar uma lembrança de Antonina, então desenvolvemos canecas, camisetas, aventais e caixas de presente que levam a história do produto e da cidade. Isso começou a tomar uma proporção cada vez maior e, por isso, desenvolvemos novas coleções próprias com ilustrações exclusivas que falam sobre o nosso patrimônio histórico e natural da região”, conta a diretora. Além da banana, as pinturas e estampas destacam personagens clássicos do Litoral do Paraná e da identidade caiçara, como pescadores, produtores rurais e os animais que vivem na Mata Atlântica. “A ideia é que as pessoas não apenas comprem a bala de banana, que é comercializada em outros lugares, mas instigar as pessoas a virem conhecer a Capital da Bala de Banana e prestigiar os outros atrativos de Antonina”, explica. Para Bárbara Krenk, empresária à frente da Bananina, o sentimento é de orgulho pelo seu negócio ser o símbolo de toda uma região do Estado. “É uma honra contribuir com o desenvolvimento do Litoral e do Paraná como um todo. Sabemos que com a obtenção do selo de Indicação Geográfica faz com que o produto seja reconhecido como legítimo de Antonina e abre portas para a comercialização em vários cantos do País”, destaca. “É uma forma de aproveitarmos novas oportunidades e desbravarmos novos mercados”. Segundo Bárbara, a relação colaborativa entre as duas empresas antoninenses é um dos segredos para a conquista da IG e a perspectiva de crescimento. “Mais do que concorrentes, somos amigas. E não é uma amizade apenas pessoal entre a Rafaela e eu, mas de família, porque nossos pais também tinham um bom relacionamento enquanto estavam à frente das fábricas. Acredito que juntos podemos ir mais longe. Cada uma tem o seu mercado, os seus clientes, mas objetivos em comum: garantir qualidade e continuar crescendo”, acrescenta.   IMPACTO AOS PRODUTORES – Se para os empresários que atuam em Antonina a bala de banana é uma oportunidade de negócio cada vez mais rentável, para os produtores que fornecem a matéria-prima principal ela é a garantia de sustento. Atualmente, apenas uma das duas empresas adquire as bananas de 30 a 50 produtores mensalmente. Com poucas exceções, a produção é originada majoritariamente de pequenas propriedades familiares localizadas na área rural de Guaraqueçaba, o que demonstra o impacto mais abrangente do produto no Litoral do Paraná. Uma das características para a obtenção do selo de Indicação Geográfica é o uso de insumos regionais. As fábricas custeiam os caminhões responsáveis por fazer o transporte das bananas do campo até as fábricas em Antonina, em uma relação benéfica para ambos os lados da operação. “Nós precisamos de uma grande quantidade da fruta e eles precisam escoar essa produção, em uma parceria que já vem de muitas décadas”, explica a diretora da Bala de Banana de Antonina. “Com a IG, a gente está iniciando um trabalho com eles para que melhorem a qualidade e o volume da produção da banana, o que impacta diretamente no nosso negócio”. Um desses produtores é Silvio de Oliveira. Há nove anos, ele deixou para trás a rotina como trabalhador da construção civil em São José dos Pinhais para viver da produção de banana em Guaraqueçaba. “Eu fui ficando mais velho e já não queria viver no ritmo mais corrido da cidade, então visitei essa chácara, gostei e comprei a propriedade”, conta. “O antigo proprietário já fornecia as bananas para produção da bala, então nós demos continuidade e aumentamos o plantio”. A produção de Silvio, que trabalha em conjunto com o irmão, Antônio, varia entre 3 e 5 toneladas de banana ao mês a depender da estação do ano e das condições meteorológicas. O volume é enviado exclusivamente para a produção da bala, cuja renda gerada é suficiente para garantir as necessidades financeiras dos dois irmãos e de suas respectivas famílias. Na opinião do agricultor, a garantia da venda produção traz uma tranquilidade para a família, que não pretende mudar de vida tão cedo. “É uma relação de nove anos que tem sido muito boa, em que eles bancam o frete, que para nós seria muito caro, e sempre pagam certinho, então dá pra viver tranquilo. A gente acompanhou todo o esforço da empresa para conseguir a Indicação Geográfica e fazer parte desse trabalho é muito gratificante”, concluiu Silvio.   NOVAS RECEITAS – Mais do que um objetivo alcançado, a Indicação Geográfica para a Bala de Banana de Antonina significou um estreitamento dos laços do produto com a cidade e a população local. O primeiro passo foi dado em um evento organizado pelas duas fábricas certificadas com o apoio do Sebrae/PR, que aconteceu no tradicional Theatro Municipal de Antonina em novembro de 2022 e teve a participação de moradores, lideranças e empresários antoninenses. Uma das principais responsáveis por sensibilizar os convidados foi a chefe de cozinha Karla Manfredini, que a convite do Sebrae elaborou o coquetel com receitas que envolviam a bala de banana. Ela conta que fez dez pratos diferentes para degustação dos convidados, o que causou uma boa impressão e despertou o interesse de alguns empreendedores da cidade para o potencial comercial do produto de outras maneiras. “Eu já fazia uma farofa com cebola caramelizada com a bala de banana substituindo a uva-passa, mas no coquetel foi uma experiência realmente diferente, em que eu montei pratos que eles nunca imaginavam que pudessem levar a bala de banana, como um cuscuz de camarão e peixe com molho barbecue”, relata Karla. Convidada para falar durante o evento, ela aproveitou para fazer um convite aos comerciantes locais, em que forneceria as receitas gratuitamente para os interessados em comercializar os produtos à base de bala de banana. “Eu queria passar esse conhecimento para frente para que Antonina se tornasse de fato a capital da bala de banana, em que cada comércio tivesse o seu produto à base da bala”, conta. A partir de então, surgiram receitas como o chineque e sonho recheados com caramelo feito com a bala, um molho que também leva o produto em sua mistura para ser usado em hambúrguer, uma torta de requeijão com calda e até mesmo uma espuma usada na finalização de drinks. Atualmente, elas já estão presentes em algumas padarias, lanchonetes e hospedagens da cidade, mas a intenção da chefe de cozinha é de que os produtos possam ser encontrados em todos os lugares de Antonina. “A maioria dos antoninenses está tão acostumada com a bala que elas acabam não percebendo o valor dela. A partir do momento que você começa a colocar o produto em receitas elas começam a notar algo diferente. Eu conversei com as meninas das duas fábricas e, se tudo der certo, no próximo ano nós faremos um concurso de receitas com bala de banana na cidade”, conta. Ao citar o exemplo do queijo da Serra da Canastra, de Minas Gerais, um produto com Indicação Geográfica que já está mais consolidado, Karla argumenta que o reconhecimento nacional tem o poder de transformar a realidade local. “O IG é mais do que um selo e pode mudar completamente a realidade local, em que o produto é diretamente associado à qualidade e à história regional. Tudo o que aconteceu depois da certificação foi muito benefício para Antonina e eu considero que as minhas receitas podem ser um legado que eu deixo para a cidade dentro desse trabalho. Espero que com o tempo mais pessoas se sensibilizem se envolvam com a iniciativa, para que assim como a Serra da Canastra, Antonina seja a terra da Bala de Banana”, conclui a chefe de cozinha.   EMPREENDEDORES LOCAIS – A primeira a acreditar na proposta foi Francelis Pereira Maurício, proprietária do Hotel Capelista. O nome do estabelecimento que ela comanda, fundado em 1968, é uma referência à cidade, inspirado em uma forma alternativa pela qual os moradores da área central da cidade eram chamados devido à região ser conhecida como Capela em seus primórdios. Assim como a fábrica da Bala de Banana Antonina, que está na terceira geração da administração, Francelis é a terceira de sua família a gerir o Hotel Capelista. Uma entusiasta da cultura local, foi uma das convidadas do evento de celebração da Indicação Geográfica e, após um mês, entrou em contato com Karla Menfredini para iniciarem a elaboração de uma receita própria para. Como viria a acontecer depois com os demais estabelecimentos, o produto foi batizado em homenagem ao hotel e, por consequência, à própria cidade: Bolinho Capelista. Trata-se de um bolinho feito com farinha de trigo e banana, com calda feita de uma das balas da cidade e recheada com a outra. No preparo da calda do doce, também é acrescentado um toque de cachaça de banana, outro produto tradicional da região. “Com a ajuda da Karla, a gente testou uma receita utilizando as características das duas balas, que são diferentes, e da cachaça daqui. Após vários testes, nós chegamos ao ponto ideal combinando os três ingredientes e, a partir de dezembro de 2022, começamos a oferecer o bolinho aos hóspedes do hotel no nosso café da manhã”, conta. Com o retorno positivo dos hóspedes que experimentavam o Bolinho Capelista e o aumento da procura de outras pessoas de fora do hotel, a empresária percebeu uma oportunidade de ampliar a iniciativa e começou a vender o produto para comércios locais e moradores. “As pessoas começaram a me ligar interessadas em comprar fora do café da manhã, e aí eu vi a oportunidade de expandir a fabricação de um produto que valoriza a nossa terra. Ter o selo da Indicação Geográfica associada ajudou muito”, acrescenta Francelis. Na opinião da empresária, Antonina tem um potencial enorme ainda a ser explorado e que pode ser alavancado pela bala de banana. Para ela, a IG pode ser o ponto de partida para que os empreendedores locais se articulem em prol da cidade com a incorporação da bala e dos produtos derivados dela em seus negócios, assim como na criação de novas ideias. “Antonina está dentro de uma baía linda, em um local com Mata Atlântica abundante e onde ocorrem vários eventos culturais com a participação de turistas de vários lugares. Se conseguirmos unir os comércios dentro de uma parceria que se aproprie destes patrimônios e valorize os produtos e a identidade antoninense todos saem ganhando”, argumenta. Grandes vitrines para as balas de banana e todos os produtos que dela derivam, os eventos que acontecem na cidade atraem milhares de turistas. Os mais conhecidos são o Carnaval, considerado um dos mais tradicionais do Estado, e o Festival de Inverno promovido da Universidade Federal do Paraná, sediado na cidade há 33 anos. Mais recentemente, porém, o município tem atraído novos eventos e, por consequência, novos perfis de turistas. É o caso do Encontro Paranaense de Veículos Antigos e Especiais ocorrido em junho deste ano, e do Antonina Blues Festival, evento de música que teve a sua 7ª edição justamente neste feriado de Nossa Senhora Aparecida, entre os dias 12 e 15 de outubro.   SOBRE A SÉRIE – Os 12 produtos com Indicação Geográfica fazem do Paraná o terceiro estado com mais certificados no Brasil, atrás apenas de Minas Gerais (16) e Rio Grande do Sul (13). O reconhecimento começou a ser concedido no País há duas décadas pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e serve para atestar a reputação e valor diferenciado de produtos e serviços que são caracterizados pelo seu local de origem, garantido a eles uma identidade própria. Além da bala de banana de Antonina, os outros produtos paranaenses que obtiveram a IG até o momento são as uvas de Marialva, o barreado do Litoral, o melado de Capanema, a goiaba de Carlópolis, o queijo de Witmarsum, o café do Norte Pioneiro, o mel da região Oeste, o mel de Ortigueira, a erva-mate de São Mateus do Sul, o morango do Norte Pioneiro e os vinhos de Bituruna. O trabalho para obtenção dos registros é feito pelas associações, sindicatos ou cooperativas que representam os produtores e empreendedores regionais. Todos os produtos apresentam uma qualidade única, fruto da combinação proporcionada pela disponibilidade de recursos naturais, como solo, vegetação e clima, e pelos processos específicos utilizados na sua produção. Confira o vídeo desta reportagem:

Zé aconselha Zeca. “Filhinho papai, larga mão dessa vontade de disputar o Senado Federal, continue com seu trabalho na Câmara Federal”. Aconselhado por José Dirceu, o deputado federal Zeca Dirceu, líder do PT, desistiu de concorrer ao Senado pelo Paraná

Zé aconselha Zeca. “Filhinho papai, larga mão dessa vontade de disputar o Senado Federal, continue com seu trabalho na Câmara Federal”. Aconselhado por José Dirceu, o deputado federal Zeca Dirceu, líder do PT, desistiu de concorrer ao Senado pelo Paraná
Zé aconselha Zeca "Filhinho papai, larga mão desse vontade de disputar o Senado Federal, continue com seu trabalho na Câmara Federal". É o que está rolando na grande mídia. Segundo a Coluna Esplanada, aconselhado por José Dirceu, o deputado federal Zeca Dirceu, líder do PT, desistiu de concorrer ao Senado pelo Paraná. Ele apoiará Gleisi Hoffmann e, em contrapartida, terá a ajuda dela em sua reeleição. O pedido (ou pacificação) partiu do presidente Lula da Silva. Ele tem falado com Dirceu por emissários. E o ex-ministro, que se tornou lobista, ao contrário do que muitos pensam, tem mantido excelente interlocução nos ministérios. Ah, em tempo, isso só acontecerá se o atual senador Sergio Moro perder o mandato.  

Mercado reduz previsão da inflação de 4,86% para 4,75% este ano. Projeção de expansão da economia fica em 2,92%

Mercado reduz previsão da inflação de 4,86% para 4,75% este ano. Projeção de expansão da economia fica em 2,92%
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – caiu de 4,86% para 4,75% neste ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (16), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), em Brasília, com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,88%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos. A estimativa para este ano está no limite do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é de 67%. A projeção do mercado para a inflação de 2024 está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Em setembro, o aumento de preços da gasolina pressionou o resultado da inflação. O IPCA ficou em 0,26%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual ficou acima da taxa de agosto, que teve alta de 0,23%. A inflação acumulada este ano atingiu 3,50%. Nos últimos 12 meses, ela está em 5,19%, ficando acima dos 4,61% dos 12 meses imediatamente anteriores.

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros - a Selic - definida em 12,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela segunda vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas. Ainda assim, em ata da última reunião, o Copom reforçou a necessidade de se manter uma política monetária ainda contracionista para que se consolide a convergência da inflação para a meta em 2024 e 2025 e a ancoragem das expectativas. As incertezas nos mercados e as expectativas de inflação acima da meta preocupam o BC e são fatores que impactam a decisão sobre a taxa básica de juros. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas. Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 9% ao ano. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,5% ao ano para os dois anos. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano ficou em 2,92%, a mesma as últimas três semanas. Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente. Por fim, a previsão para a cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,05.

Trabalhadores e lideranças realizaram ato contra o ataque racista de empresário a um frentista de posto

Trabalhadores e lideranças realizaram ato contra o ataque racista de empresário a um frentista de posto
Frentistas e representantes do Sinpospetro - Sindicato dos Empregados em Postos De Serviços de Combustíveis - fizeram uma manifestação contra o racismo em frente à Câmara de Vereadores de Curitiba. A manifestação foi convocada pelas redes sociais, como forma de repúdio ao ataque racista sofrido por um frentista, neste último final de semana.

Empresário de Curitiba vira notícia nacional depois de humilhar frentista de posto: “Neguinho, otário, nordestino dos infernos”

Empresário racista. Frentistas preparam manifestação em frente à Câmara de Vereadores de Curitiba, nesta segunda-feira (16/10)

  Com informações do Bem Paraná.

Política Real

Política Real

Política Real

Comentário desta segunda-feira (16/10/23) do jornalista Genésio Araújo Junior, direto de Brasília.

Acompanhe…

No celular de Silvinei Vasques, fotos de Adolf Hitler e Benito Mussolini, culto a armas e mais…

No celular de Silvinei Vasques, fotos de Adolf Hitler e Benito Mussolini, culto a armas e mais…
As informações são do jornalista Rafael Moraes Moura que escreve exclusivamente para a coluna de Malu Gaspar jornal O Globo. Além das fotos de Hiltler e Mussolini, tem ainda registros ao lado do clã Bolsonaro, imagens que mostram seu culto pelas armas – e até mesmo áudios com xingamentos e cobranças sobre os bloqueios em rodovias federais promovidos pela PRF no dia do segundo turno das últimas eleições. Tudo que foi levantado pelo Polícia Federal já está nas mãos da CPI dos atos do dia 8 de janeiro.

PM/PR faz “estrago geral” em cassino clandestino. Foram apreendidas mais de 100 máquinas caça níquel

PM/PR faz “estrago geral” em cassino clandestino. Foram apreendidas mais de 100 máquinas caça níquel
No tal foram apreendidas 111 máquinas de caça níquel em um cassino clandestino, no centro de Curitiba. Na noite deste sábado (14/10/23), uma equipe do Batalhão de Rondas Ostensivas de Natureza Especial da Polícia Militar do Paraná (BPRONE/PMPR), após receber informação do Secretário de Segurança Pública, Coronel Hudson Leôncio Teixeira, que estava em funcionamento um cassino clandestino na Rua Comendador Macedo, no Centro de Curitiba, constatou a prática ilegal, com apreensão de 55 máquinas de caça níquel, e diversos objetos como cartão de memória, máquina de cartão bancário, contadora de notas, entre outros. A equipe ainda apreendeu mais 56 máquinas caça níquel, máquinas de cartão bancário e de jogo do bicho, isolamento acústico e objetos da prática de jogos de azar em um galpão no bairro Santa Quitéria. O Secretário de Segurança Pública, Coronel Hudson Leôncio Teixeira, falou sobre a denúncia recebida e a ação da PMPR: “As informações foram precisas, deram detalhes dos locais e das pessoas responsáveis por eles, as pessoas não foram localizadas, mas já estão qualificadas e identificadas, as providências serão tomadas e inclusive com a responsabilização dessas pessoas. O material que é ilícito foi apreendido e o que é lícito ficará sob responsabilidade do proprietário do galpão”.  

Empresário racista. Frentistas preparam manifestação em frente à Câmara de Vereadores de Curitiba, nesta segunda-feira (16/10)

Empresário racista. Frentistas preparam manifestação em frente à Câmara de Vereadores de Curitiba, nesta segunda-feira (16/10)
Frentistas preparam manifestação em frente à Câmara Municipal nesta segunda-feira O Sinpospetro, com o apoio da União Geral dos Trabalhadores (UGT-PR), está organizando uma manifestação para esta segunda-feira (16/10), a partir das 9h, nas escadarias da Câmara Municipal de Curitiba. Essa ação é um protesto contra a agressão sofrida por um frentista que foi vítima de ofensas racistas e xenofóbicas por parte de um cliente de um posto de gasolina. "Este ato covarde nos move a denunciar e a dizer que não toleramos a violência, o racismo e a xenofobia", afirmou Lairson Sena, presidente do Sinpospetro Curitiba. Para a UGT, a manifestação tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade para o que tem ocorrido nos postos de gasolina da capital. São numerosas as denúncias de violência, assédio e desrespeito contra os trabalhadores de postos de gasolina. Precisamos unir nossas forças para garantir que todos tenham o direito de trabalhar em um ambiente seguro, livre de assédio e ameaças", afirmou Manassés Oliveira, presidente da Central.

  • Participe do nosso grupo de WhatsApp