O diretor-geral do DER, Nelson Leal, foi por 15 meses secretario de obras de Curitiba na gestão do então prefeito Beto Richa. Caiu por denúncia de corrupção. Nessa época tinha como seu diretor de pavimentação ninguém menos que o engenheiro Eduardo Lopes de Souza, o dono da construtora Valor personagem da Operação da Quadro Negro, que também saiu da prefeitura também acusado de corrupção.

Leal e Lopes são, portanto, amigos-distantes, como um certo primo.

Na tentativa de reeleição de Luciano Ducci a prefeito de Curitiba, em 2014, o secretário estadual de Infra-Estrutura e Logística, Pepe Richa, mandou o DER, comandado por Nelson Leal, licitar o recape asfáltico de dezenas de quilômetros de ruas na cidade.

O recape deveria ter espessura mínima de 7 centímetros, mas foi feito com apenas 5 centímetros – uma irregularidade que o próprio laboratório de solos da prefeitura denunciou. Os fiscais foram afastados e a empreiteira Esteio manteve as obras com a mesma fragilidade.

Não seria o caso agora de o prefeito Rafael Greca mandar investigar se a mesma irregularidade não estaria sendo cometida nas inúmeras obras de recape e pavimentação que vem realizando em Curitiba com recursos do governo estadual?