Sucessão estadual. Cida Borghetti afirma que é candidata ao governo do Paraná em qualquer cenário

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O gazeteiro Guilherme Voitch, correspondente da revista Veja em Curitiba, entrevistou a pré-candidata pelo PP, a vice-governadora Cida Borghetti. Segundo o jornalista, Cida afirmou que, é candidata mesmo se Richa decidir permanecer no governo.

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Espera estar ao lado do governador em 2018? 

Espero contar com o apoio do governador e do seu grupo político. Historicamente temos trabalhado juntos, desde o primeiro momento. Eu o apoiei ainda em 2002, na sua primeira candidatura ao governo do estado. Depois o apoiamos na [campanha à] prefeitura e também nas duas eleições ao governo do estado. Eu espero contar com o apoio dele e de toda essa aliança vitoriosa que se formou no Paraná.

O governador tem falado sobre a decisão dele? Se sai candidato ao Senado ou se permanece no governo? É uma decisão muito pessoal, e ele é muito reservado. Essa é uma característica dele. Devemos respeitar o silêncio e o momento dele. O Paraná vive um momento diferenciado. O governador está colhendo frutos de uma boa administração. 2018 é um ano positivo para o estado. Dinheiro em caixa, obras sendo inauguradas e contas equilibradas. Isso faz com que o governador também repense o trabalho que foi feito ao longo de oito anos. Vamos respeitar a decisão dele, seja qual for.

No caso do governador permanecer no Palácio Iguaçu, sua candidatura se mantém? Mantemos a candidatura.

O pior momento do segundo mandato de Beto Richa foi o episódio do 29 de Abril de 2015, no confronto entre Polícia Militar e sindicalistas da APP Sindicato (Associação dos Professores do Paraná). Qual sua posição sobre o ocorrido? Sou completamente contrária a qualquer tipo de violência. Não compactuo com manifestação política a partir do uso da violência. Quando se busca resolver problemas políticos pela violência, não se chega a nenhum resultado. Naquele episódio ficou muito claro que pessoas infiltradas no meio de manifestantes – que legitimamente estavam reivindicando seus direitos e levantando suas bandeiras – vislumbraram a oportunidade de denegrir a imagem do governo. Houve aquela brutalidade que manchou imagem do governo, do estado, mas também do outro lado. Espero que aquilo não se repita nunca mais. Mas temos de lembrar que o que estava sendo votado naquele momento foi para o bem do estado. Aquilo permitiu equilibrar as contas e pagar os funcionários rigorosamente em dia.

Qual sua posição sobre o cenário eleitoral nacional? Tenho escutado muito dentro do meu partido a possibilidade de acompanhar a pré-candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Mas ainda não há nada definido.

Como a senhora vê a candidatura de Alckmin? Acho um bom nome. Tem experiência. Já mostrou sua capacidade. É governador do maior estado do Brasil e é uma pessoa de fácil acesso e de bom diálogo. Mas temos outros nomes. Eu cito a pré-candidatura do senador Álvaro Dias (Pode). Acredito que a candidatura dele pode ser uma grande novidade e uma surpresa nessas eleições. Acho que pode agradar o eleitorado, porque tem experiência e um nome limpo.

Qual seria o grau de participação do seu marido, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, no seu governo? Ricardo Barros é o ministro de uma das pastas mais importantes da República. É um dos nomes que mais conhecem de orçamento público no Brasil. Foi relator do orçamento, foi prefeito, um grande administrador, está no sexto mandato de deputado federal. Portanto, a ajuda dele será muito bem vinda para o Paraná.

Vocês divergem muito? Cada um tem a sua visão. O debate é bom.

Já pensa como formaria o governo caso Richa se licencie em abril? Se isso acontecer será um governo de continuidade. O governador Beto Richa está fazendo um trabalho extraordinário. O governo tem técnicos muito preparados. Esses técnicos vão continuar ajudando o Paraná. Se cercar dessas pessoas é fundamental.

O deputado Ratinho Júnior (PSD) foi seu colega no governo [secretário de Desenvolvimento Urbano] e poderá ser seu adversário nas eleições. Qual sua relação com ele? Muito cortês. É uma relação de amizade, de trabalho e de companheirismo. É uma pessoal de fácil acesso. Tenho aliás conversado semanalmente com ele. É uma pessoa que agrega, que está preparada.

E com o senador Osmar Dias (PDT)? Já apoiei ele anteriormente. Uma grande pessoa.Só tenho amigos na política.

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