Velórios a céu aberto, até quando? A grosso modo, falta sensibilidade, agilidade funcional, solidariedade humana e, lógico, estrutura

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Nem bem gelou o corpo do jovem, vítima de assalto na cidade de Colombo, velado por mais de 14 horas em via pública, fato ocorrido recentemente, e mais um corpo teve que ser velado na rua, a céu aberto, agora em uma das cidades mais importantes do Paraná, Ponta Grossa.
Em primeiro momento, evidente que os casos demonstram a saturação das estruturas dos Instituto Médicos Legais de todo o estado, contudo, salvaguardando algumas excessões, o problema maior é a falta de agilidade funcional.
Sejamos sinceros, chega ao IML a informação e o pedido para o translado de um corpo, o atendente primeiro faz o trivial, a papelada, olha para os lados, fuma um cigarro e lembra que tem que ligar para a esposa enquanto o defunto permanece lá na rua. É descaso, falta de solidariedade e entusiasmo em resolver.
Uma perguntinha bem simplória. Se fosse o filho de um bacana, demoraria 14 ou 9 horas?
Certeza que não. O primeiro atendente correria de forma desesperada para fazer-se notado, ágil e cheio de entusiasmo. Mas se é o filho do Zé Ninguém, ele diz que estamos sem estrutura, que falta viatura, etc. Porém, se a vítima fosse um nobre, com sobrenome rebuscado ou filho de um político importante, jamais ficaria 14 ou 9 horas à espera. Arrumariam ambulâncias ou quem sabe chamariam uma funerária.
Podem vir com mil desculpas, mas um defunto importante não esperaria tanto tempo.
Só falta trocar, novamente, o secretário de Segurança por conta do ocorrido.

#######AOS 10/03/18, ÀS 08:23/FOTO/PARANAONLINE

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