Conforme material no site do IBGE, na Agência Brasil, e no portal Bem Paraná, o Censo Demográfico 2022 encontrou um total de 636 Favelas e Comunidades Urbanas no Paraná, onde viviam 442.100 pessoas, o equivalente a 3,86% da população paranaense.
Na reportagem do jornalista Rodolfo Luis Kowalski, do Bem Paraná, Os dados, divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram ainda uma elevação no número de Favelas e Comunidades Urbanas no estado. Em 2010, foram identificados 192 aglomerados subnormais no estado, onde viviam 217.223 pessoas. O próprio IBGE, no entanto, ressalta que a comparação entre os resultados dos dois Censos deve ser feita com cautela. Isso porque o aumento no número de Favelas e Comunidades Urbanas – também verificado a nível nacional, como veremos a seguir – pode ser explicado também pelo aperfeiçoamento tecnológico na operação censitária e um maior conhecimento do território, melhorando a captação das informações sobre essa população no período intercensitário.
Quase 16,4 milhões de pessoas moram em favelas no Brasil, revela Censo
O Brasil tem 16,390 milhões de pessoas que moram em favelas e comunidades urbanas. Isso representa 8,1% do total de 203 milhões de habitantes no país, ou seja, de cada 100 pessoas, oito vivem nesses locais. Os dados fazem parte de um suplemento do Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa apontou que há 12.348 favelas em 656 municípios Brasil afora.
Os pesquisadores do IBGE consideram favelas e comunidades urbanas localidades com características como insegurança jurídica da posse, ausência ou oferta precária ou incompleta de serviços públicos, padrões urbanísticos fora da ordem vigente e ocupação de áreas com restrição ou de risco ambiental.
Até o Censo anterior, de 2010, o instituto adotava a expressão “aglomerados subnormais” para se referir às favelas. Em 2010, o IBGE tinha identificado 11,4 milhões de pessoas em 6.329 aglomerados subnormais, o que equivalia a 6% da população.
A analista do IBGE Letícia de Carvalho Giannella explica que os avanços técnicos resultaram no mapeamento de áreas não identificadas anteriormente e no ajuste de limites. Dessa forma, ressalta ela, “a comparação entre o resultado das duas pesquisas apresenta limitações e não deve ser realizada de forma direta”.
“Quando a gente olha a variação de população, o aumento de território, sem essa crítica, o que pode parecer como um simples crescimento demográfico pode ser fruto, na realidade, de uma melhoria do mapeamento, das condições de classificações dessas áreas”, completa.