Revitalizada, a Praça da Ucrânia foi entregue à comunidade
Sempre ao lado da comunidade ucraniana, o Prof. Gabardo vibrou com a reinauguração e parabenizou Vitorio Sorotiuk, um dos símbolos da imigração no Paraná.
Gabardo foi deputado federal por inúmeras legislaturas, senador, secretário de estado e presidente e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, uma vida em favor do Paraná. Amigo de nosso blog, nos encaminhou o discurso de Vitorio Sorotiuk, pessoa respeitadíssima e um grande defensor da história do povo ucraniano.
Construída em 1967, a Praça da Ucrânia homenageia uma das grandes comunidades de imigrantes em Curitiba. O local foi escolhido pelo próprio povo: na intersecção das ruas Capitão Souza Franco, Pe. Anchieta, Pe. Agostinho e Av. Cândido Hartmann. A construção partiu de um esforço dos descendentes que mobilizaram recursos e articularam com a prefeitura, à época, para a construção do espaço.
Discurso de Vitorio Sorotiuk:
Sr. Prefeito Municipal Rafael Valdomiro Greca de Macedo
Sra. Secretaria do Meio Ambiente Marilza Dias
Sr Ex Governador do Paraná Paulo Pimentel
Sr ex- senador Olivir Gabardo
Sra Ana Cristina Castro Presidente da Fundação Cultural de Curitiba
Sra Tatiana Turra Secretária de Turismo
Sr. Consul Honorário da Ucrania Mariano Czaikowski
Pe. Domingo Starepravo representando o Arcebispo Ucraniano Católico Dom Volodemer Koubetech
Pe. Mario Marinhuk representando o Arcebispo Ucraniano Ortodoxo Dom Jeremias Ferens
Sr. Felipe Oresten Presidente da Sociedade Ucraniana do Brasil que completou um século de existência
Sr. Lorilei Beltrame Presidente da Sociedade dos Amigos da Cultura Ucraniana
Sra Taís Wistuba representando o Sr Jairo Oscar Nascimento Presidente da Associação Cultural Poltava
Integrantes da comunidade Ucraniana Brasileira
Amigos da comunidade ucraniana brasileira
A Ucrânia desde a data de 24 de fevereiro de 2022 sofre uma brutal agressão militar por parte da Rússia dirigida por Vladimir Putin.
A atual agressão russa a Ucrânia tem com o claro objetivo de destruir a identidade ucraniana. Na mente distorcida de Putin a Ucrânia não tem o direito de existir.
A Agressão russa matou milhares de soldados, realizou o maior deslocamento populacional na Europa desde o fim da segunda grande guerra mundial. Vinte por cento do território ucraniano está ocupado por tropas russas ao arrepio dos tratados e das leis internacionais.
As estatísticas dizem que entre 19.564 e 700.000 ucranianos menores foram deportados e estão a ser reeducados à força.
As crianças ucranianas deportadas são forçadas a estudar uma visão distorcida da história onde duplicam a ideologia estatal russa do império. Isto é uma violação direta da Convenção de Genebra (1948) sobre a prevenção do crime de genocídio, nomeadamente: “Remoção forçada de crianças de um grupo para os locais de residência de outro.” E também a reeducação de crianças de um grupo étnico pelas forças de outro grupo é considerada uma violação do Estatuto de Roma. A UNESCO verificou danos em mais de 400 locais culturais na Ucrânia, incluindo 191 edifícios históricos, 137 locais religiosos, 31 museus, 25 monumentos, 15 bibliotecas e 1 arquivo.
O russismo é a ideologia atual da Federação Russa e a forma do atual fascismo russo. São consequências dessa ideologia a violação em massa e sistemática dos direitos humanos, tanto dentro da Federação Russa quanto nos territórios ocupados da Ucrânia.
A Autocracia, a menor dissidência na Rússia, é vista como traição aos interesses nacionais. Os oponentes políticos ou são mortos envenenados, ou presos.
O nacionalismo russo é a base da ideologia do Estado, onde se aplica o conceito do Russkiy Mir – “mundo russo”.
O autoengrandecimento da Rússia e dos russos às custas da opressão violenta, da negação do direito à autodeterminação ou, em geral, do direito à existência de outros povos.
Diante desse quadro trágico, o ato de hoje, onde o Prefeito Rafael Greca entrega à comunidade ucraniana e ao povo de Curitiba, a Praça denominada Ucrânia, onde está localizada a estátua de Taras Chevtchenko protomártir da independência da Ucrânia, tem um alto significado político.
O povo do Brasil pela Prefeitura Municipal de Curitiba, capital do Estado do Paraná onde residem 500.000 brasileiros descendentes de ucranianos dos 600.000 residentes no Brasil, diz ao mundo: aqui a Ucrânia existe, seu povo é respeitado e a Praça da Ucrânia é uma das belas praças de nossa cidade.
A notícia da inauguração da revitalização da Praça da Ucrânia tem que chegar aos olhos e ouvidos do Presidente da República e do seu Ministro de Relações Exteriores, do Presidente do Senado e da Câmara dos Deputados. Também é importante chegar ao Presidente do Supremo Tribunal Federal e as demais autoridades judiciais do país, para saberem que o povo brasileiro está vigilante ao respeito das leis e tratados internacionais e se Vladimir Putin colocar os pés no Brasil deverá ser cumprido o mandado de Prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional.
A notícia da inauguração da revitalização da Praça da Ucrânia tem que chegar aos olhos e ouvidos do Presidente da República e do seu Ministro de Relações Exteriores, do Presidente do Senado e da Câmara dos Deputados, para saberem que o povo brasileiro está vigilante ao respeito das leis e tratados internacionais e a busca paz deve conduzir à retirada das tropas russas de todos os territórios ucranianos, do pagamento das indenizações, da responsabilização dos criminosos de guerra e do estabelecimento de garantias de segurança ao povo ucraniano.
A Ucrânia deverá ser reconstruída tijolo por tijolo, ficar bela e majestosa, um lugar aprazível para se viver, com paz, como a Praça da Ucrânia em Curitiba, revitalizada, que nos entrega o Prefeito Rafael Greca.
Para termos essa praça contribuíram, desde os anos de 1960, o ex-Prefeitos General Iberê de Matos, Engenheiro Ivo Arzua Pereira e Engenheiro Omar Sabbag a quem coube concluir e inaugurar em 29 de outubro de 1967 o projeto do jovem engenheiro, e depois prefeito da capital, Jaime Lerner. Para a sua revitalização nos dirá o Prefeito Rafael Greca.
Da comunidade ucraniana temos que colocar no panteão da história em acordo com a memória de Ambrósio Choma, os nomes de
a) Representantes do Clube Ucraíno-Brasileiro: Sr. Estefano Kobylanski, Sr. Elias Horatchuk, Eng. Estefano Mikilita, Sr. Eugênio Kohut e Sr.Stephan Plahtyn:
b) Da Sociedade dos Amigos da Cultura Ucraniana: Prof. Nicolau Hec, Deputado Rafael Kulisky, Dr. José Dilay;
c) Da Igreja Católica do Rito Ucraniano: Pe. Nicolau Iwaniw,OSBM, Eng. Serafim Voloschen e Eng. Ambrosio Choma;
d) da Igreja Ortodoxa: Sr. André Tchaika, Sr. Miguel Holub e Gen. Andryj Dolud. Pelos registros do Jornal Khliborob temos os nomes dos participantes Julio Sessak, Illya Horatchuk, Sr. Sergio Savysky, Pr Valdemiro Haneiko, Ivan Bilan, Zacarias Haneiko, Bohdan Kobykanski, José Deneka, Julio Buskei, Miguel Kovalechen, Basilio Czmyr e Waldomiro Bohatch, vários da então União Agrícola Instrutiva hoje Sociedade Ucraniana do Brasil.
Senhor Prefeito Rafael Greca a comunidade mais uma vez agradece o carinho e atenção que Vossa Excelência tem dado a comunidade e cultura ucraniana.
Slava Ukraini!
Viva a cidade de Curitiba!