BETO ISTO É.001

Reportagem da revista ISTOÉ põe em risco a eleição de Beto Richa para o senado

Reportagem da revista ISTOÉ está colocando muita gasolina na fogueira do ex-governador Beto Richa.
A história é cabeluda e vai chacoalhar geral. Pode cair muita gente. Histórias e conversas para lá de comprometedoras.

REPORTAGEM DA REVISTA ISTOÉ

Em conversa, hoje em poder do Ministério Público Federal, mantida em fevereiro de 2014 com Pedro Rache, presidente da construtora Contern, do grupo Bertin, o então chefe de gabinete e braço direito do governador Beto Richa (PSDB), Deonilson Roldo, tenta convencer o empreiteiro a abrir mão de sua participação na obra da duplicação da PR-323 (PPP 323) em favor da Odebrecht. Em troca, Roldo oferece à Contern a construção de seis térmicas do complexo Aratu, tocado pela Copel (Companhia Paranaense de Energia). A Odebrecht, de fato, acabou assumindo sozinha as obras da PPP 323. O contrato foi assinado em junho de 2014 – um negócio de R$ 7 bilhões que previa 30 anos de concessão da estrada e obras de duplicação. Em contrapartida, a Odebrecht teria pago R$ 2,5 milhões em propinas para a campanha da reeleição de Beto Richa.

OUÇA….

 

 

Deonilson Roldo Tem planos de entrar na PPP aqui, da 323?

Pedro Rache Eu tenho planos fortes. Trabalhei muito. Estou trabalhando, claro que a gente trabalha de uma maneira bem discreta. Mas estou com a proposta pronta. To com ela pronta para entregar agora.

Deonilson Roldo Mas a gente tem um compromisso nessa obra aí. Queria ver até onde a gente pode entrar pra que esse compromisso não seja desrespeitado.

Pedro Rache Eu hoje tava bem preparado, estou bem preparado pra entrar aí. Eu tenho um grupo italiano, que trabalha comigo.

Deonilson Roldo Eu te perguntei do assunto Copel porque está em andamento hoje à tarde, está tendo uma reunião na Copel aqui e o grupo tem uma negociação com a Copel em andamento… pra fechar até o final de março com uma possibilidade grande de fechar. É um negócio de R$ 500 milhões mais ou menos. São seis térmicas do complexo Aratu que a Copel está negociando.

Pedro Se eu posso compor. Mas é o que eu falei: Eu tenho que levar no grupo primeiro.

Deonilson Roldo Você tem condição de conversar com uma pessoa agora, saindo daqui?

Pedro Rache Sem problema nenhum.

Deonilson Roldo da Odebrecht.

Pedro Rache Deixa eu explicar uma coisa. Eu não quero atender a Odebrecht, eu quero atender o governo, é diferente. Eu tenho uma história com a Odebrecht, passei muita dificuldade (…) A proposta está pronta. Não estou aqui de conversa, não tenho essa característica (…) Não sou bobo. A gente precisa criar esse tipo de coisa pra ter a relação. Sendo um pedido daqui. Eu prefiro que esse pedido seja daqui e não eu ficar trocando ficha, porque dessa forma eu tenho segurança de que lá na frente… eu passo ter o crédito, de uma maneira ou de outra, mas eu também fico com crédito com eles através daqui e não através deles. Resolvendo tudo aqui, sai como se fosse uma determinação, é bem diferente do que ‘ó tá combinado’.

Deonilson Roldo Internamente, você tem como ver no grupo que tem esse outro assunto.

Pedro Rache: Voltando já faço isso rapidamente.

Deonilson Roldo: Uma coisa facilita a outra. Pedro Rache Só pra eu me situar: dentro desse processo, to falando da Copel dos 500 milhões, seria já como se fosse um equilíbrio com o consentimento…

Deonilson Roldo A negociação tá em curso na Copel, as tratativas começaram e a gente tem a possibilidade de dizer assim: ‘ok, vamos fazer já’. Pedro Rache: Porque aí eu preciso colocar isso pro outro lado e ver a posição dessa parte do grupo, de energia.

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PUBLICAÇÃO AOS 11/05/18 – 05:00

Foto/Revista IstoÉ

 

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