O Enquanto o país continua vivendo um caos, espertinhos de plantão, tanto direitistas e esquerdistas juramentados, brincam de fazer política baixa, pequena e acima de tudo oportunista. Tanto é verdade que a nota desta terça-feira (29/05) do Painel da Folha de São Paulo discorre sobre o tema. O levante de caminhoneiros que agora pedem abertamente por intervenção militar fez do risco de uma queda de Michel Temer a pauta do Congresso. Em reunião a portas fechadas, no Senado, ao menos um parlamentar da base do governo defendeu a derrubada do emedebista. Recebeu uma trava até da oposição e viu o presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB-CE), lembrar o óbvio: em cinco meses o país elegerá novo presidente. É preciso, concluiu o cearense, garantir estabilidade até lá. Segundo relatos, a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) reagiu de forma veemente ao flerte de um colega com a derrubada de Temer. Disse que, dado o cenário, ele precisava ficar no cargo até o fim do mandato. Foi seguida por Eunício: “Essa conversa de golpe comigo não prospera”. A escalada antidemocrática do discurso dos caminhoneiros assustou até oposicionistas radicais, que agora temem a abertura de uma brecha para a ruptura institucional. Integrantes de movimentos sociais da extrema esquerda foram ver de perto os piquetes em São Paulo. Esses olheiros relataram que um carro passou distribuindo bandeiras do Brasil e faixas a favor da intervenção militar. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), primeiro na linha sucessória, tem dito que não vai atuar para ampliar o clima de instabilidade. (FOTO/ILUSTRATIVA)