Um banner instalado na recepção de um hotel na Asa Norte avisa: Carlinhos, o vidente famoso por ter “acertado” a queda do avião da Chapecoense, em 2016, atenderia no local pelos próximos três dias. A propaganda vinha acompanhada de uma foto do adivinho e uma lista de outras previsões certeiras – o divórcio de Lívia Andrade (para informação: modelo, dubladora e atualmente apresentadora do programa “Fofocalizando”, no SBT), a ausência de Neymar em um dos jogos da Copa do Mundo de 2014 e o fiasco do 7×1 contra a Alemanha.
Parece o bastante para convencer seguidores. Na sua quarta temporada de atendimentos na capital – a média é de uma visita a cada “dois ou três meses” –, ele esperava reunir 20 toneladas de alimentos e 10 mil brinquedos para doar a instituições carentes. As arrecadações são o ingresso da “consulta” com o guru. Quem quiser saber sobre o futuro precisa levar R$ 100 em alimentos ou cinco brinquedos de R$ 20 cada. Carlinhos enche a boca para dizer que sustenta 18 mil famílias com suas benfeitorias pelo país e que nunca ficou com nada recebido nesses encontros.