A gazeteira Mariana Ohde, do Paraná Portal, informa que uma denúncia de superlotação e tratamento desumano levou a Defensoria Pública e o Conselho da Comunidade a fazer uma vistoria extraordinária, nesta segunda-feira (22), na Central de Flagrantes, na Rua André de Barros, no Centro de Curitiba.
As entidades encontraram 81 presos em duas celas – com espaço para quatro pessoas cada – e duas salas, de forma improvisada. Entre eles, há pessoas com tuberculose, HIV e feridas infeccionadas, todas sem tratamento adequado. Vários presos estavam em pé, sem espaço para deitar. O calor agrava a situação e os detidos ficam sem roupas para suportar as temperaturas altas. Além disso, as necessidades dos presos são feitas em galões que ficam no meio da cela. Esses galões são retirados pelos policiais.
As mulheres que estão detidas na delegacia, segundo o Conselho da Comunidade, ficam algemadas em uma sala sem acesso aos banheiros. As presas são conduzidas a outro ambiente pelos policiais para trocar absorventes, entre outras necessidades básicas.
Além da situação desumana, o Conselho da Comunidade afirma que os agentes e policiais civis estão sob risco eminente de fugas, motins e doenças. Há apenas um agente de cadeia por turno e os policiais civis e militares são forçados a ajudar a cuidar dos presos.