A gazeteira Catarina Scortecci, correspodente da Gazetona em Brasília, informa que a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) cobra publicamente a interrupção da campanha de vacinação contra a dengue feita pelo governo do Paraná desde meados de 2016. Nota divulgada pela entidade no último dia 11 aponta para a existência de dúvidas em relação à efetividade da vacina, que é um produto desenvolvido pela multinacional francesa Sanofi, chamado de “Dengvaxia”. Além disso, a Abrasco alerta que a vacina.
Na nota, a entidade escreve que estudos feitos no âmbito da Organização Mundial da Saúde (OMS) encontraram evidências de que indivíduos que não tinham anticorpos contra a dengue antes de receberem a vacinação (ou seja, pessoas soronegativas) tinham mais chance de adquirir a forma grave da doença se, após a vacinação, fossem picados por um mosquito infectado. “No Brasil, a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] acompanhou a OMS, modificando a bula do produto e recomendando que pessoas soronegativas não deveriam tomar a vacina”, explica a entidade.
“Desde o seu lançamento, dúvidas foram levantadas sobre a efetividade do produto, em função da sua baixa eficácia, em torno de 65%, sobre a faixa etária restrita, e sobre a adesão das pessoas às três doses, com seis meses de intervalo entre cada uma delas”, descreve a entidade. Em função disso, a Abrasco informa que foi proposta no âmbito do Ministério da Saúde uma agenda de pesquisa que subsidiasse uma decisão a respeito da incorporação ou não da vacina pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Mas, até o momento, destaca a nota, não há uma decisão.