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A audiência pública cobrou do IAP um local para reabilitar animais silvestres.
“Lamento profundamente que as pessoas que deveriam nos dar respostas não estejam aqui”, reclamou Fabiane Rosa (PSDC), referindo-se à ausência de representantes do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) em uma audiência pública realizada nesta quinta-feira (19/10) pela Câmara Municipal de Curitiba. A atividade reforçou a denúncia de que, desde março deste ano, está fechado o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), que há 18 anos atendia os casos de recolhimento e destinação da vida selvagem. Durante esses anos um convênio entre o Ibama e a PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) permitiu a operação do Cetas em uma área apropriada para o manejo de animais silvestres, no município de Tijucas do Sul. Questões financeiras impediram a renovação do acordo, que nesse ínterim passou a envolver o IAP, pois o órgão assumiu a gestão da fauna no Paraná, delegada a ele pelo Ibama. Quem explicou essa situação aos participantes da audiência foi o biólogo Eduardo Carrano, que antes coordenava o Cetas. “Nesses 18 anos, o Cetas recebeu cerca de 32 mil animais, de inúmeras espécies. Delas, 90% eram aves, principalmente pássaros antes mantidos em cativeiro, pelo canto ou pela plumagem”, ele relatou. O biólogo pontuou a ação do Centro de Triagem em ações policiais contra o tráfico de animais, socorro a atropelamentos em rodovias e até atendimento a bichos abandonados por circos. “Teve vezes em que recebíamos apreensões [de pássaros] com 800, 700 aves, em que todas já estavam mortas”, disse.
As informações são Assessoria de Imprensa da Câmara.