Na cidade de Araucária, um novo capítulo se desenha para a economia local e nacional com a anunciada reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (FAFEN-PR). Esta decisão, marcada pela esperança e pelo potencial de revitalização econômica, promete não apenas reacender as chamas de uma indústria vital, mas também gerar um impacto significativo no mercado de trabalho e na agricultura brasileira.
Segundo estimativas do Sindicato dos Químicos e Petroquímicos do Paraná (Sindiquímica-PR), a retomada das operações na FAFEN-PR deverá criar cerca de 5.000 empregos, entre diretos e indiretos, uma notícia que chega como um alento em tempos de necessidade de novas oportunidades de trabalho. Em um encontro que contou com a presença da deputada estadual Ana Júlia Ribeiro, do PT, e de representantes da unidade e de sindicatos, discutiu-se a reativação da fábrica, que tem previsão de acontecer no primeiro semestre deste ano, sob a égide da Petrobrás.
O aval para essa retomada veio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, embora ainda dependa da concretização por parte da diretoria executiva da companhia. Inativa desde 2020, a FAFEN-PR se prepara para receber um robusto aporte de R$ 800 milhões, visando a restauração de suas operações. Este investimento não somente reavivará a produção de ureia e amônia, componentes essenciais para a fabricação de fertilizantes, mas também promete reforçar a soberania nacional na produção destes insumos críticos.
A importância dessa reabertura transcende a geração de empregos, pois toca diretamente no setor agropecuário brasileiro. Ao reduzir a dependência de fertilizantes importados da Europa e Ásia, espera-se que haja uma diminuição nos preços dos alimentos, beneficiando toda a cadeia produtiva e, por conseguinte, o consumidor final. A guerra entre Rússia e Ucrânia, que impôs pressões adicionais sobre os custos dos fertilizantes, sublinha a relevância de se fortalecer a produção interna desses materiais.
Destaca-se ainda a política de contratação anunciada, que privilegia os profissionais desligados da fábrica em 2020. Essa decisão não apenas tem um forte componente social, aliviando o impacto da desativação sobre os trabalhadores afetados, mas também se baseia em critérios técnicos. A experiência prévia desses trabalhadores com as complexidades operacionais da FAFEN-PR é um ativo inestimável, considerando-se o nível de especialização requerido para a manipulação de equipamentos que operam em um vasto espectro de temperaturas.
A reativação da FAFEN-PR representa mais do que a recuperação de uma unidade produtiva; ela sinaliza um movimento em direção à auto-suficiência na produção de fertilizantes, a revitalização econômica da região de Araucária e a geração de novas perspectivas de emprego e crescimento para o país. À medida que a comunidade local e os trabalhadores aguardam com expectativa o reinício das operações, o impacto positivo dessa decisão promete ressoar por toda a cadeia produtiva e além, marcando um passo significativo em direção ao fortalecimento da indústria nacional e da economia brasileira como um todo.
Uma resposta
A FAFEN Araucária e suprida com gás natural boliviano, caríssimo. O baratíssimo gás natural pressal bacia de Santos e Sergipe jaz intocado no subsolo.