O blog do jornalista Angelo Rigon, um dos mais lidos do estado, traz informações muitos importantes e que podem, cada vez mais, influenciar o eleitorado na escolha de seus representantes para o senado da República. É bom que os eleitores se informem, não só sobre Beto Richa, que atualmente vive nos noticiários com informações nada positivas, mas que pesquisem todos os concorrentes para todos cargos.
Empreiteira que ofereceu menor preço para duplicação aparece na Lava Jato e em áudios com ex-assessor de Richa
Publicado em às 08h00 por Angelo RigonA Contern Construções e Comércio Ltda., que surpreendeu gente da área da construção civil ao apresentar uma proposta com 28% de desconto para fazer a duplicação de 20,75 quilômetros entre Paiçandu e Cianorte, pertence ao Grupo Bertin e aparece na Operação Lava Jato.
Pedro Rache, presidente da Contern, é quem aparece em áudios vazados em maio passado (aqui) conversando com Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete de Beto Richa, para direcionamento da primeira licitação, uma parceria público-privada, para a duplicação da rodovia PR-323, entre Maringá e Francisco Alves. Roldo fala que há um “compromisso” para que a Odebrecht vença a licitação de mais de R$ 7 bilhões e pede um entendimento da Contern com a Odebrecht, que liderava a Rota das Bandeiras, consórcio que tinha sede em Maringá e que tocaria a duplicação, obra da qual abriu mão depois que a Lava Jato atingiu a empreiteira.
Em 2016 a força-tarefa da Operação Lava Jato identificou pagamentos de R$ 588 mil da empreiteira Contern para uma firma que seria fornecedora de notas frias no esquema de cartel e corrupção na Petrobras, segundo os investigadores. A movimentação financeira coincide com o período em que foram assinados dois grandes contratos da empresa com o setor público: as obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e a concessão de dois trechos do Rodoanel Mário Covas, em São Paulo.
Investigadores da Lava Jato suspeitam que os pagamentos feitos à Credencial Construtora Empreendimentos e Representações Ltda. tenham relação com Belo Monte. Os contratos bilionários da obra em Altamira, no Pará, geraram propinas para o PT e PMDB, em especial para as campanhas de 2010 e 2014, afirmam delatores (leia mais).
(Foto/Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo)