O gazeteiro Ricardo Senra da BBC Brasil em Washington informa que em debate nesta terça-feira (16/01), na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, em Washington, Maia, conhecido apoiador das reformas trabalhista e previdenciária, defendeu um enfrentamento “ao setor privado brasileiro, que se beneficia do Estado”, e afirmou que as isenções e incentivos a empresários inviabilizam as contas do governo e uma “agenda social séria” no Brasil.
A defesa de uma revisão dos incentivos aos mais ricos foi sugerida pelo presidente da Câmara como espécie de moeda de troca ou complemento para a aprovação da reforma da Previdência, cujo sucesso foi classificado por Maia como “muito difícil”.
“Neste momento, a gente prioriza a reforma da Previdência sem nenhum tipo de otimismo, sem nenhum discurso em que se possa dizer que essa matéria estará resolvida em fevereiro de 2018”, afirmou.
Um estudo divulgado no início de dezembro pelo Ministério da Fazenda apontou que o rombo da Previdência seria 40% menor sem as renúncias fiscais a empresas. Segundo a pasta, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) deixou de arrecadar R$ 57,7 bilhões em 2016 com os benefícios concedidos a empresas – atualmente, o déficit da Previdência é de R$ 138,1 bilhões.