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“Eduardo Leite desinforma sobre responsabilidade do governo gaúcho e alertas pré-enchentes”

No Roda Viva, Eduardo Leite desinforma sobre responsabilidade do governo gaúcho e alertas pré-enchentes

Por Amanda Ribeiro, Ethel Rudnitzki e Luiz Fernando Menezes

21 de maio de 2024, 16h58

Em meio à tragédia climática no Rio Grande do Sul — com 2,3 milhões de pessoas afetadas pelas enchentes, segundo a Defesa Civil estadual —, o governador Eduardo Leite (PSDB) desinformou sobre alertas meteorológicos antes do início da crise e sobre a legislação ambiental gaúcha em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, na segunda-feira (20).

No programa transmitido ao vivo do Theatro São Pedro, um dos edifícios históricos de Porto Alegre, Leite também disse não ter se expressado bem em entrevista à Folha de S.Paulo, no domingo (19), quando admitiu que estudos anteciparam o risco de inundações, mas que o governo possuía “outras agendas”.

O governador criticou ainda a desinformação sobre a tragédia e “os recortes que se fazem para as redes sociais para se conseguir cliques, curtidas, compartilhamentos”.

Veja abaixo o que checamos.

  1. Não é verdade que cabe apenas aos municípios zelar pelos sistemas de prevenção de desastres. Ainda que as prefeituras sejam responsáveis por atuar em nível local, a lei determina que o estado deve auxiliar no monitoramento e na prevenção de desastres;
  2. É falso que órgãos meteorológicos não previram o volume de chuvas que atingiu os municípios gaúchos. Foram publicados diversos avisos sobre a possibilidade de tempestades, enchentes e alagamentos;
  3. Leite também desinformou ao alegar que o Código Ambiental aprovado em sua gestão define a proteção ao Pampa. Isso deve ser feito por norma complementar, que ainda não foi publicada.
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