O jornalista Guilherme Voitch, da revista Veja, dá o tom do que pode acontecer nas eleições de 2018 com o Partido dos Trabalhadores, aqui em nossa terra. São tempos de cautela e muita calma. A onda e o entusiasmo de um passado recente já foi para o brejo.
Os tempos bicudos da era Lava Jato vão definir a estratégia do Partido dos Trabalhadores paranaense para as eleições de 2018. O partido, tradicionalmente visto com desconfiança pelo eleitorado do estado, ensaiou voos mais altos na era de ouro do lulismo: diminuiu a rejeição da classe média do Paraná, obteve sua primeira vitória para o Senado com Gleisi Hoffmann, transformando-a em postulante competitiva para o governo estadual, e chegou ao primeiro escalão ministerial com Lula e depois Dilma Rousseff. Agora, os planos são bem mais modestos.
Gleisi vai trocar o Senado pela Câmara, onde tem mais chances de ser eleita. A executiva estadual estuda ainda as melhores alternativas na tentativa de aumentar a bancada federal – atualmente, o PT paranaense tem dois deputados (Enio Verri e Zeca Dirceu). Uma das estratégias possíveis é resgatar figuras tradicionais da legenda, como o ex-deputado Angelo Vanhoni. O entendimento é que, ainda que não sejam eleitos, eles podem entusiasmar a militância e garantir preciosos votos para a legenda.
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PUBLICADA ÀS 21:29 – 05/12/17