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O ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, que deixou o PSDB há um mês, diz que ele e outros economistas ligados aos tucanos estavam desgostosos com a sigla havia algum tempo. O partido tinha adotado um "discurso ambíguo" em relação à defesa da economia de mercado.
O cenário piorou neste ano, quando o PSDB não soube lidar com dilemas éticos. Preservou o senador Aécio Neves na presidência, enquanto é alvo de acusações, e se manteve na base aliada do governo de Michel Temer.
A agenda de reformista do presidente não justificaria tal apoio irrestrito, segundo ele.
"Não vejo no governo Temer a mesma ética que gostaria de ver praticada", diz Franco, um dos formuladores do Plano Real e que se filiou ao Partido Novo.
Gustavo Franco falou à Folha de São Paulo.