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Folha de São Paulo destaca o trabalho de Homero Réboli, cantor, compositor, arquiteto e professor, falecido no início de junho

Sempre elogiado e reconhecido, o grande professor, cantor e compositor ganhou espaço merecido na Folha de São Paulo. Veja a matéria:

Mortes: Coxa-branca, arquiteto e professor compôs novo hino

Como compositor, Homero Réboli também venceu concurso de samba da Mangueira

Foi incumbida a Homero a missão de ajudar o pai na construção de uma nova casa para a família, tarefa que despertou seu interesse por arquitetura —especialmente da Grécia Antiga de seu xará, a quem se atribui a autoria dos poemas épicos Ilíada e Odisseia.

O cantor, compositor, arquiteto e professor Homero Réboli
O cantor, compositor, arquiteto e professor Homero Réboli – Arquivo Pessoal

Logo se tornou arquiteto e professor de edificações da escola técnica federal de Curitiba, profissão que exerceu por três décadas. Mas foi como músico e compositor que Homero Réboli ganhou notoriedade.

Em 1977, venceu um concurso na quadra da Mangueira, no Rio, com o samba “Não Vou Subir”, escrita junto com seu parceiro, o jornalista Cláudio Ribeiro. A ocasião fez ele entrar para o hall dos compositores da escola carioca, além de virar amigo de cantores como Cartola e Elis Regina.

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À época, Homero ora recorria ao samba, ora a MPB. Por vezes, as canções ganhavam tom político ou ar psicodélico —espiritualizado, ele acreditava no esoterismo, no poder da meditação e das vibrações positivas. Escrevia decretos para energizar os que adoeciam.

No palco, misturava os sons com teatro e circo. Lotava as casas de show. E lançou, em 1985, seu primeiro EP, no teatro Guaíra, o maior da cidade.

Seu principal feito na carreira de músico se daria num outro concurso, em 1999: a escolha do hino oficial do Coritiba. Torcedor coxa-branca, criou a música numa só tacada, enquanto dirigia. E, em meio a 120 inscritos, se consagrou autor da ode ao time —superando nomes famosos como Francis Night.

“Lá no alto de tantas glórias”, como dizia sua letra, Homero deixou a música, a arquitetura e o clube que tanto amava no dia 6 de junho, aos 70 anos, após um infarto fulminante. Deixou também a esposa, Eliana, três irmãs, três filhos e três netas.

 

 

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