Nesta segunda-feira (05/03), a Polícia Federal deflagrou a terceira fase da Operação Carne Fraca, que tem como alvo um esquema de fraudes descoberto na empresa BRF (dona de Sadia, Perdigão e Batavo).
As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
Segundo a PF, cinco laboratórios credenciados junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e setores de análises do grupo empresarial, fraudavam resultados de exames em amostras de seu processo industrial, informando ao Serviço de Inspeção Federal (SIF/Mapa) dados fictícios em laudos e planilhas. As fraudes tinham como finalidade burlar a fiscalização federal.
As investigações demonstraram ainda que a prática contava com a anuência de executivos do grupo, o corpo técnico da empresa e profissionais responsáveis pelo controle de qualidade dos produtos. Também foram constatadas manobras extrajudiciais, operadas pelos executivos, para acobertar a prática dos ilícitos ao longo das investigações, segundo a PF.
Os presos poderão responder pelos crimes de falsidade documental, estelionato qualificado e formação de quadrilha, além de crimes contra a saúde pública.
A Justiça Federal no Paraná expediu 91 mandados: 11 de prisão temporária, 27 de condução coercitiva (quanto o investigado é levado para depor) e 53 de busca e apreensão. As ações acontecem em unidades da BRF em cinco estados: Paraná, Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. No PR, os mandados são cumpridos em Curitiba, Araucária, Castro, Carambeí, Dois Vizinhos, Maringá, Palmeira, Ipiranga, Piraí do Sul, Ponta Grossa e Toledo.
A operação desta segunda (5), batizada de Trapaça, é a primeira fase da Carne Fraca em 2018. As ações para investigar um esquema de fraudes entre funcionários das empresas alimentícias e fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foram deflagradas em março de 2017.