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Paraná perde mais de 30% de florestas e ‘ganha’ 29% de área agrícola. Nos últimos 14 anos o Paraná viu 8,5% de seu território se transformar

O que era floresta ou área de matas se transformou em pastagens, áreas agricultáveis ou a silvicultura. Neste período, 30,5% das áreas de mata nativa do Estado se perderam, enquanto as áreas de produção agrícola aumentaram 28,9% no período.

Os dados foram compilados do Monitoramento de Cobertura e Uso da Terra, estudo que possibilita verificar as transformações processadas na dinâmica das formas de ocupação e de organização do espaço, divulgado nesta semana pelo IBGE, informa em reportagem especial o Portal Bem Paraná.

No caso paranaense, para se ter noção do tamanho dessa transformação, foram quase 20 mil quilômetros quadrados que mudaram de estatus. A área que sofreu alterações no estado é superior ao território de países como Jamaica, Catar, Líbano ou Kuwait. Ademais, como se pode verificar na tabela abaixo, o agronegócio é que dita o ritmo e o perfil das mudanças na cobertura e uso da terra no Paraná. Não à toa, a área agrícola foi a que registrou maior crescimento, passando de 48.155 km² para 62.069 km² – uma variação de 28,9%. Já as áreas com pastagens plantadas foram ampliadas em 279 km², chegando a 6.372, e as com silvicultura passaram de 8.062 para 10.751 km².

Áreas com pastagens naturais e com vegetação florestal sumiram. Enquanto a primeira teve queda de 36,3%, para 2.472 km², a segunda sofreu uma redução de 30,5%, passando de 39.181 km² em 2000 para 27.239 km².

Por fim, o estudo destaca ainda que as mudanças no Paraná predominaram na região central do estado, onde mais ocorreu a alteração das áreas de Pastagem Natural para, principalmente, Área Agrícola.

Área urbana estagnada
Nesses 14 anos, o tamanho da área artificial – ou seja, da área ocupada com uso urbano, estruturado por edificações e sistema viário – permaneceu praticamente o mesmo, passando de 2.962 km² para 3.036 km², uma leve alta de 2,5%
As Classes de Uso e Cobertura da Terra que predominam no estado são: Mosaico de Área Agrícola com Remanescentes Florestais, Área Agrícola e Mosaico de Vegetação Florestal com Atividade Agrícola. As maiores mudanças no período 2000 – 2014 foram a redução do Mosaico de Vegetação Florestal com Atividade Agrícola e o aumento da classe Área Agrícola.

Instituto Ambiental prorroga prazo para revisão ambiental
O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) publicou ontem portaria que prorroga em 90 dias o prazo para protocolo da solicitação de dos pedidos de revisão de Termos de Compromisso firmados com base no extinto Sistema de Manutenção, Recuperação e Proteção da Reserva Florestal Legal e Áreas de Preservação Permanente (Sisleg). Agora, os proprietários rurais que tinham até 31 de dezembro deste ano para fazer a solicitação terão até 31 de março de 2018.
Com o novo Código Florestal, a revisão dos termos de compromisso firmados com base no código anterior referentes às Áreas de Preservação Permanente de Reserva Legal foi determinada pelo Decreto 8.235/14. Porém, para isso, é necessário que o proprietário rural solicite a revisão. Podem pedir a revisão aqueles que querem obter as garantias estabelecidas pela nova lei para quem fizer o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e, se necessário, aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA).
“Quem não fizer o pedido tem a obrigação de cumprir integralmente os critérios já estabelecidos na lei anterior”, alerta o presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto.

Desmatamento
Servidores do IAP flagraram no dia 6 de dezembro um desmatamento ilegal de árvores ameaçadas de extinção no Parque Estadual do Palmito, em Paranaguá, no Litoral. Os infratores fugiram do local e o instituto atua na investigação para identificação e punição dos responsáveis pelo crime.

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