A reportagem da jornalista Narley Resende, publicada no Portal Bem Paraná, dá conta que embora indicativos apontem para descrença da população em partidos políticos e boa parte das legendas tenha sofrido desgaste nos últimos anos com escândalos de corrupção, como revelados na Operação Lava Jato, o número de cidadãos filiados a legendas partidárias cresce a cada ano.
O cientista político Emerson Urizzi Cervi, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), diz que o Paraná está mantendo a tendência do Brasil, que é crescimento dos partidos médios e dos novos partidos, mais acelerado do que os partidos tradicionais, embora ainda tenham em números absolutos o maior contingente de filiados por terem um ‘estoque’.
“Primeiro, é ano eleitoral. Uma parte desses filiados está se candidatando. Não é necessariamente uma preferência pelo partido, relação ideológica (como eleitor). Para ser candidato no Brasil tem que estar filiado. Até as eleições anteriores, a responsabilidade de fiscalizar a ‘dupla filiação’ era do partido, que checava antes se a pessoa estava filiada em outro partido, pedia a desfiliação e filiava até abril. Agora, com a reforma recente, isso passou a ser responsabilidade da Justiça Eleitoral. É possível que dentro desses 23% (de crescimento médio) se tenha bastante gente em dupla filiação. Dupla filiação de quem não é candidato não tem problema (para a Justiça Eleitoral). Mas o candidato com dupla filiação terá o registro cancelado. E isso a gente só vai saber em agosto (prazo final para registro de candidaturas”
POST 23/04/18 – 06:23
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