fraude inss

Parlamentares do governo devem assinar a CPI do INSS. Apuração a fundo da roubalheira que começou em 2019

A Operação Sem Desconto da Polícia Federal revelou um esquema bilionário de desvio de recursos do INSS, totalizando R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. A fraude consistia em descontos não autorizados nos benefícios de aposentados e pensionistas, realizados por associações de fachada, mediante o pagamento de propina a servidores do INSS e com indícios de falsificação de documentos para simular autorizações.

Principais pontos do esquema:

Descontos indevidos: Valores entre R$ 20 e R$ 50 eram descontados mensalmente dos benefícios sem o consentimento dos segurados.

Associações de fachada: Onze entidades estão sob investigação, sendo que muitas delas não possuíam a documentação necessária para firmar convênio com o INSS.

Envolvimento de servidores: Investigações apontam para o pagamento de propina a servidores do INSS em troca da facilitação dos descontos. Ex-diretores e pessoas ligadas a eles receberam mais de R$ 17 milhões em transferências.

Falta de fiscalização: A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou a ausência de fiscalização rigorosa por parte do INSS, o que permitiu a continuidade da fraude.

Prejuízo bilionário: Estima-se que R$ 6,3 bilhões foram desviados dos beneficiários nesse período.

Investigações e medidas:

A Polícia Federal (PF) e a CGU deflagraram a Operação Sem Desconto, cumprindo mandados de busca e apreensão e de prisão temporária em diversos estados.

O presidente do INSS e outros integrantes da cúpula do órgão foram afastados de seus cargos.

Os convênios do INSS com as associações investigadas foram suspensos.

A Justiça determinou o bloqueio de bens dos investigados.

Como verificar e buscar ressarcimento:

Aposentados e pensionistas podem verificar se houve descontos indevidos em seus extratos de pagamento no aplicativo ou site “Meu INSS”.

Em caso de descontos não autorizados, o INSS orienta a solicitar a exclusão do débito pelo próprio aplicativo “Meu INSS”.

Para a devolução de valores já descontados, o beneficiário deve entrar em contato com a associação responsável pelo desconto, cujos dados de contato constam no extrato. Também é possível registrar uma reclamação na plataforma Consumidor.gov.br ou na Ouvidoria do INSS (Fala BR).

A expectativa é que os valores bloqueados na operação sejam utilizados para ressarcir os beneficiários lesados.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  • bio

    © 2021. Todos direitos reservados a OgazeteirO. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

    Participe do nosso grupo de WhatsApp