PF investigará Governo Ratinho Junior
A Polícia Federal recebeu toda papelada da denúncia de um suposto uso de softwares para espionagem dentro da Controladoria Geral do Estado (CGE), com o intuito de monitorar opositores políticos […]
A mesma denúncia foi encaminha à Policia Federal pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Em um ofício encaminhado ao deputado estadual Requião Filho (PT), o Ministério afirmou:
“Com os cordiais cumprimentos, reportamo-nos ao Requerimento (26010464), e seus anexos (26010460, 26010463, 26010466 e 26010476), do Deputado Estadual no Paraná, Requião Filho, que solicita providências para manter toda a investigação acerca da utilização de software fornecido pela empresa SUNTECH/COGNYTE/VERINT, em curso na Polícia Federal, unida em âmbito federal, e encaminha denúncia sobre suposto uso político de sistemas de inteligência contratados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná, mediante dispensa e inexigibilidade de licitação. Nesse contexto, encaminhamos o caso à Polícia Federal para as medidas investigativas legalmente cabíveis”, diz o ofício.
A mesma denúncia foi encaminha ao Ministério Público do Paraná, mas foi arquivada.
Para Requião Filho, “tudo que cai nas mãos do MP PR, que envolve algo relacionado ao Governo Estadual, fica protegido, sempre engavetado. O mesmo Ministério Público que tenta proteger políticos com ações de não persecução penal, mesmo após a confissão de recebimento de propina. Está na hora de tirarmos esse véu que cobre o MP e o TJ, esses acordos sigilosos, essas trocas de cargos e favores entre os poderes”.
Conforme matéria do Brasil247, a denúncia de Requião trata da contratação, pelo governo do Paraná, do programa First Mile, conhecido como ‘software espião’, por 6,2 milhões de reais. O contrato foi assinado pelo ex-Secretário de Segurança Pública do Paraná, coronel do Exército Romulo Marinho Soares, em dezembro de 2019. O programa, adquirido para a “varredura, detecção, identificação, bloqueio seletivo, localização em tempo real e extração remota e instantânea de conteúdo de dispositivos celulares móveis,” segundo o Portal da Transparência do Paraná, foi desenvolvido pela empresa israelense Cognyte.
Uma resposta
Acho que, desta vez, vão conseguir estourar a ratoeira. Já estava na hora, pois deve ter muito mais coisa a ser revelada. Pobre Paraná.