Por OgazeteirO - 02/02/2024 - 10:29
Por Zé Roberto Alves - Foto/Assessoria - 02/02/2024 - 09:56
Por OgazeteirO - Foto/Agência Senado - 01/02/2024 - 13:02
A Polícia Federal intimou o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Augusto Heleno, para depor na próxima terça-feira sobre o funcionamento de uma Abin paralela, informa a colunista Bela Megale.
Segundo a matéria da jornalista, veiculada no GLOBO, o motivo da convocação é que a PF tem dados que evidenciam que o militar recebeu informações sobre os alvos monitorados ilegalmente pela agência de inteligência enquanto foi ministro de Bolsonaro. O foco da PF sobre o depoimento de Heleno é esclarecer até que ponto ele tinha conhecimento sobre as ilegalidades praticadas na Abin e quais eram os destinatários dos relatórios produzidos.
Por OgazeteirO - 01/02/2024 - 12:45
Por OgazeteirO com Assessoria - 01/02/2024 - 12:04
Direto da Agência Brasil - 01/02/2024 - 07:35
“Todo mundo imaginou que a tragédia do Andraus seria aquela épica, aquela que iria marcar gerações. Mas veio uma ainda pior: o Joelma fez muito mais pessoas perderem a vida”, disse o escritor.
“Com o fogo subindo, havia quem se jogava lá de cima [de andares superiores]. O cenário era simplesmente dramático. Eu tentava acalmar o pessoal. Falava para não fazerem besteira porque daqui a pouco o fogo iria se apagar”, falou. “A gente orava muito e pedia para que Deus nos salvasse”.Antes de ser resgatado, Shimuta pensava nos filhos recém-nascidos. “Eu não posso morrer. Tenho que viver de qualquer forma. Coloquei duas crianças no mundo e essas crianças não vão viver sem o pai. Sou responsável, preciso estar vivo”. O resgate foi complicado. A escada magirus do Corpo de Bombeiros só alcançava até o 14º andar. Eles estavam no 22º. Então, para fazer esse resgaste, os bombeiros precisaram subir ao topo da magirus e depois usar uma escada de alumínio, de forma complementar, com a qual iam escalando andar a andar. “Eles iam se revezando até chegar ao nosso andar. Fui o último a ser resgatado. Acho que levou mais ou menos uma hora nesse processo porque tinha que descer até o 12º andar [onde estava a magirus]. Aí ele ia descendo até chegar lá embaixo. Depois, subia para resgatar a segunda pessoa. Mas a essa altura do campeonato. estávamos felizes da vida, pois víamos nossos colegas saindo da escada e caminhando lá embaixo. Isso foi dando um alívio na gente”. Quando finalmente chegou ao asfalto, Shimuta só agradeceu. “A primeira coisa que fiz foi olhar para cima e agradecer a Deus por ter devolvido a minha vida. Depois agachei e beijei o chão”, conta. Naquela noite, ele não conseguiu dormir. “Estava cansado fisicamente, mas quando fechava os olhos, dava a impressão que eu estava sendo lançado no ar, que estava flutuando. Aquela sensação eu não esqueço nunca. Parecia que Deus estava querendo me levar”.
“Na hora exata do incêndio, eu estava na sala do meu diretor, no 22º andar. Nessa sala tem um banheiro privativo. Estávamos eu, ele e uma secretária preparando a apresentação, quando escutamos uma barulhada de vidros explodindo. Meu chefe pegou um extintor e saiu correndo. A secretária foi atrás dele. Eu estava correndo atrás deles, mas lembrei que tinha esquecido minha caneta [que havia ganhado do pai] e voltei. Peguei a caneta, minha mala e meu paletó. Quando fui sair de novo, alguns segundos depois, o hall dos elevadores e a escada já haviam virado uma chaminé. Tentei subir ou descer pela escada, mas não consegui e acabei voltando para a sala onde estava. Nesse meio tempo, seis pessoas apareceram por ali. O Hiroshi era uma delas”, contou.De início eles tentaram apagar o incêndio naquele andar. “Tentamos pegar uma mangueira de incêndio para apagar o fogo. Esticamos, conectamos no registro, mas não tinha água. O registro central do sistema de abastecimento de incêndio estava fechado”. Foi então que tiveram a ideia de se confinar no banheiro. Mas não conseguiram ficar muito tempo por ali por causa da fumaça. A solução acabou sendo pular para o parapeito. “Eu abri a janela [do banheiro] e vi que tinha um parapeito. E daí consegui respirar porque ali é um vale [Vale do Anhangabaú] e os ventos ora vinha daqui ora dali. Aí eu pulei [a janela do banheiro] e as outras pessoas pularam também. [O parapeito] era pequeno e não cabiam sete pessoas. Então ficamos um em cima do outro. E uma pessoa em cima de mim. Ficamos ali por horas. Se não tivéssemos pulado [a janela do banheiro] teríamos morrido asfixiados”. Ligere foi um dos primeiros a ser resgatado daquele parapeito. Seu salvador foi o bombeiro João Simão de Souza. O nome do bombeiro ele só foi descobrir ao dar entrevista para um programa de TV, no ano passado. “Ele agora é um amigo que eu tenho, que eu ganhei, e que só fui encontrar após 49 anos”. Daquele fatídico incêndio, Ligere Filho saiu apenas com uma orelha queimada. “Só a orelha que queimou. Eu estava praticamente intacto, não tinha nada além daquela ardência no olho e daquela secura na boca”. E na segunda-feira após a tragédia ele já tinha voltado a trabalhar. Mas as marcas não foram só físicas. Anos depois ele desenvolveu uma síndrome do pânico. “Imagino que tenha sido consequência disso aí porque eu sempre tinha sido tranquilo”, falou.
Edição: Aline Leal
Por OgazeteirO - 01/02/2024 - 07:19
Por OgazeteirO - 01/02/2024 - 07:06
Por Milton Alves * - 01/02/2024 - 01:19
O governo Lula tem uma decisão irrecusável nos próximos dias: a demissão em bloco da atual diretoria da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A começar pelo titular do órgão, o delegado federal Luiz Fernando Corrêa, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em maio do ano passado.
As investigações da Polícia Federal comprovam que a Abin foi aparelhada completamente durante a gestão de Alexandre Ramagem, atual deputado federal e operador do clã Bolsonaro.
A agência, transformada em um antro de arapongagem, foi utilizada pelo governo bolsonarista para espionar, monitorar e colecionar documentos, sem autorização judicial, de políticos de oposição, juízes do Supremo Tribunal Federal (STF), advogados, jornalistas e de lideranças de movimentos sociais e Ongs.
Segundo as investigações, a ferramenta utilizada para violar o sistema de telefonia e rastrear os celulares foi o equipamento FirstMile, um software desenvolvido pela empresa israelense Cognyte. O software espião, através do sistema de geolocalização, reuniu dados e informações de 30 mil pessoas.
A Abin aparelhada cometeu um rol de crimes e a conduta dos seus diretores e agentes precisa passar por uma profunda e rigorosa investigação. Entre as ações e condutas criminosas levantadas estão o uso de atividades de inteligência para minar a confiança da população no sistema de votação eletrônica; o monitoramento do então presidente da Câmara de Deputados, Rodrigo Maia, e de outros políticos; a prestação de assessoria ao senador Flávio Bolsonaro no caso das “rachadinhas”; o monitoramento de promotora do caso Marielle Franco; a espionagem do então governador do Ceará, Camilo Santana (PT), atual ministro da Educação; a difusão (plantar) de informações falsas sobre suposta ligação de políticos do PT com facções criminosas e relatórios sobre advogados e jornalistas críticos do governo bolsonarista.
A PF em relatório constatou que “a gravidade ímpar dos fatos é incrementada com o possível conluio de parte dos investigados com a atual alta gestão da Abin cujo resultado causou prejuízo para presente investigação, para os investigados e para a própria instituição”.
Ou seja, as investigações apontam na direção de que o atual corpo dirigente da Abin preserva relações com Alexandre Ramagem. “A percepção equivocada da gravidade dos fatos foi devidamente impregnada pela direção atual da Abin nos investigados [e] não alterou o cenário vivido pelos investigados ao tempo da gestão do del. Alexandre Ramagem em nítida relação de continuidade”, afirma o relatório da PF.
Há uma percepção no governo da necessidade de mudanças na Abin, que foi no ano passado transferida para o controle da Casa Civil. Antes, a agência estava abrigada no Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
O episódio atual envolvendo a Abin nos remete, novamente, para o debate acerca do papel e da natureza de um serviço de inteligência na vigência do governo democrático. A Abin, assim como o GSI, foram formados com forte influência da visão dos militares sobre a segurança interna, uma visão ultrapassada e ainda marcada pelo traço do preconceito contra a esquerda e os movimentos sociais, uma mentalidade herdada da ditadura militar.
O Brasil necessita de uma agência de inteligência em novos moldes, focada nos novos desafios tecnológicos, que promova a defesa cibernética do país, a proteção de dados sensíveis e que forneça uma assessoria de alto nível para a cúpula governante, que monitore os riscos nas fronteiras e que contribua na gestão de planos em defesa dos nossos recursos estratégicos.
A atual Abin é um organismo imprestável. Não foi uma “Abin paralela” que promoveu a onda de arapongagem a serviço do governo bolsonarista, foi a Abin mesmo, a própria instituição. A atual agência de inteligência, assim como o GSI, são organismos incompatíveis com a vida democrática, carregam em suas entranhas um envelhecido DNA autoritário. A extinção da Abin seria uma medida de alcance democrático.
Quanto ao imediato: nos próximos dias, o governo Lula vai ter que tomar uma decisão sobre o futuro da diretoria da Abin — cresce a pressão por uma demissão coletiva. Já Alexandre Ramagem, é mais um criminoso do governo passado, que precisa responder por seus crimes.
Por OgazeteirO com Alep - 31/01/2024 - 20:59
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