Do Blog Paçoca com Cebola
A despeito dos gravíssimos problemas de corrupção que acometeram o atual CMC, não se pode torná-lo um órgão político, pois sua gênese é consultiva. Substituir o CMC pelo Concidades significa abrir espaço para um modelo assembleísta, onde o ativismo político toma conta do debate técnico. Onde a discussão é substituída pelos clichês políticos.
Num momento em que Londrina está mais do que abatida pela sua história recente de corrupção, pela atitude imediatista de um prefeito que sangra a população com um IPTU irracional, num momento em que Londrina vê Maringá crescer a passos largos, com belíssimos índices de desenvolvimento empresarial e social, num momento em que empreendedores sérios, pequenos, médios e grandes precisam tomar as rédeas da cidade, não há espaço para assembleísmo. Se os vereadores e prefeito não são os ideais, devemos trocá-los na hora certa e no espaço consagrado das as eleições municipais. E a verdadeira representação democrática, consagrada em nossa Constituição, é deles.
De mais ninguém.
Alvaro Ferreira
Jornalista, Mestre em Ciências da Comunicação pela Usp e Professor universitário