alep

Erramos!
Os deputados do Paraná não vão doar seus salários para os flagelados do Rio Grande do Sul.
Os parlamentares darão uma contribuição simbólica 

Erramos! Os deputados do Paraná não vão doar seus salários para os flagelados do Rio Grande do Sul. O presidente Traiano afirmou que os parlamentares darão uma contribuição simbólica

Nesta segunda-feira (06/05/24), noticiamos que os parlamentares estariam dispostos a doar seus vencimentos para a tragédia do Rio Grande do Sul, mas na verdade a informação correta é a seguinte:

Assembleia Legislativa do Paraná se mobiliza para ajudar vítimas da catástrofe no Rio Grande do SulDeputados trabalham para promover um repasse institucional ao estado gaúcho. Além disso, uma Comissão Especial fará consolidação das Leis para enfrentamento aos eventos climáticos no Paraná.

06/05/2024  19h25 | por Ana Luzia Mikos

 

 

A tragédia gaúcha dominou os discursos em Plenário e serviu como um alerta para ações no Paraná.Créditos:Orlando Kissner/Alep

A catástrofe provocada pelas inundações no Rio Grande do Sul mobilizou a Assembleia Legislativa do Paraná. Os parlamentares decidiram que farão uma doação simbólica e já trabalham para promover um repasse institucional ao estado gaúcho, que tem 850 mil pessoas afetadas pelas chuvas inéditas em 345 dos 496 municípios.

“É o sentimento é de poder ajudar neste momento de extrema dificuldade do Rio Grande do Sul. Imagine se fosse o Paraná? Nós estamos aqui em uma situação hiper confortável e temos de ter esse olhar de solidariedade nesta hora dramática. É uma forma efetiva de ajudar, até pela grande dificuldade logística para o encaminhamento e transporte das doações”, afirmou o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, deputado Ademar Traiano (PSD), durante coletiva de imprensa antes da sessão plenária desta segunda-feira (6).

O presidente da Casa informou durante a sessão a intensão de buscar alternativas para formalizar um repasse em conjunto com outros poderes do Estado. “Enviei mensagem ao governador Ratinho Junior, que está em missão oficial exterior, para que a gente pudesse juntamente com o Ministério Público do Paraná, Tribunal de Contas do Estado, analisar a possibilidade de disponibilizamos, juntos, determinados valores e transferir ao Governo do Rio Grande do Sul”, explicou Traiano.

Conforme o levantamento da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 141,3 mil pessoas estão fora de suas casas, sendo 19,3 mil em abrigos e 121,9 mil desalojadas (nas casas de familiares ou amigos). Já o número de mortos em razão dos temporais subiu para 83, de acordo com o boletim na manhã desta segunda-feira (6). Além disso, há 111 desaparecidos e 276 pessoas feridas.

A tragédia gaúcha dominou os discursos em Plenário e serviu como um alerta para ações no Paraná. Diante disso, ficou definido pela presidência a criação de uma Comissão Especial para a consolidação de Leis e projetos afim de preparar o Estado para o enfrentamento de emergências climáticas cada vez mais frequentes.

“Assim como foi feito com o Código do Consumidor, do Autismo, em Defesa da Mulher, que possamos fazer a junção de todas as leis e projetos relacionados aos acidentes climáticos, situações cada vez mais comuns. O papel do Legislativo é criar políticas públicas para amenizar a gravidades das consequências. Até como forma de permitir ao Governo agilidade, desburocratizando para promover rápidas soluções. Segurança das barragens, contenção de águas e transição energéticas são alguns dos temas”, sugeriu o deputado Arilson Chiorato (PT).

A deputada estadual Maria Victoria (PP) reforçou que mudanças climáticas são uma das maiores ameaças à humanidade e exigem ações para reduzir o impacto do aquecimento global. Ela citou, como exemplo, o projeto de lei 271/2024, protocolado na semana passada e que institui o Mercado Regulado de Créditos de Carbono no Estado do Paraná. A iniciativa tem o objetivo de estabelecer um sistema econômico-ambiental regulado, certificado e transparente nos quais os créditos de carbono são comercializados. A expectativa, segundo a deputada, é de que parte do volume financeiro movimentado no Mercado de Carbono possa ser direcionado a investimentos em inovação, tecnologias limpas, infraestrutura e conservação da biodiversidade.

Nascido em Porto Alegre, o deputado Denian Couto (PODE) elogiou a iniciativa do Poder Executivo. “O Paraná foi o primeiro estado a estender a mão ao Rio Grande do Sul, com aeronaves, botes, bombeiros e medicamentos. A solidariedade é uma marca do povo paranaense”, afirmou, além de lamentar os dados trágicos. “O número de mortos é subestimado, já se calcula em 200 e a quantidade de mortes e vai subir. Por isso, o momento é de união de todos os poderes”.

“Temos de tirar lições dessa tragédia porque daqui para frente a realidade é convivermos com mais calor, mais chuva e mais vento”, alertou o deputado Ney Leprevost (União), que elogiou também o trabalho da equipe enviadas pelo Paraná, cujo balanço divulgado nesta segunda registrava 780 pessoas resgatadas.

“Muita gente acha que o aquecimento global é conversa de ONG. Mas a realidade está aí, e precisamos de políticas públicas para esse enfretamento, especialmente para ajudar as famílias”, acrescentou o deputado Evandro Araújo (PSD).

O deputado Reichembach (PSD) considerou válida a doação dos deputados e defendeu o foco mais intenso na busca de ações para enfrentamento as questões climáticas. “Tenho um projeto que propõe um programa de orientação do Mercado de Carbono. Temos de intensificar a pauta verde. É uma tendência mundial”.

O deputado Professor Lemos (PT) definiu a situação gaúcha como um cenário pós-guerra. “Precisamos da união de todos neste momento, com todos os meios para socorrer a população”.

“Essa ajuda da Assembleia é um gesto importante ao povo do Rio Grande do Sul, uma solidariedade aos nossos irmãos gaúchos que estão sofrendo com essa situação climática que vamos ver cada vez mais”, disse o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD).

O deputado Nelson Justus (União) sugeriu que cada parlamentar doasse mil reais em prol dos afetados pelas chuvas no Rio Grande do Sul.  “Os R$ 54 mil são um valor simbólico que mostra a solidariedade ao estado gaúcho”.

Gaúcha de Mariano Moro, a deputada Luciana Rafagnin (PT) prestou solidariedade ao estado vizinho, assim como diversos outros parlamentares. “Sei bem o que é isso, desde tenra idade convivo com enchentes em União de Vitória, mas nas nossas, não temos vítimas fatais, como vemos no Rio Grande do Sul”, lamentou o deputado Hussein Bakri (PSD).

“Uma dolorosa e alarmante situação, ainda mais como filha de gaúcho. E vemos o resgate dos bebes e crianças que estão sendo levadas sozinhas aos abrigos e precisam de proteção”, pontuou a deputada Cantora Mara Lima (REP).  “Uma tragédia jamais vista. O governador (do Paraná), empresários, estados, igrejas já estão arrecadando e a solidariedade da população está sendo muito importante para amenizar a situação”, ressaltou o deputado Ricardo Arruda (PL).

Compartilhe

Uma resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  • bio

    © 2021. Todos direitos reservados a OgazeteirO. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

    Participe do nosso grupo de WhatsApp