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Lula, sobre sua prisão: “O sonho de consumo desse pessoal e do juiz Sérgio Moro é me ver pelo menos um dia preso”

Foi desta forma a reação do petista, assim o ex-presidente Lula resumiu, ao comentar na rádio CBN ao jornalista Kennedy Alencar.

Segundo o jornalista, o ex-presidente demonstrou serenidade e sinalizou que cumprirá a determinação judicial, embora tenha criticado com veemência as autoridades da Lava Jato.

O ex-presidente estava no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, onde uma vigília se formou na noite desta quinta-feira (05/04) com o objetivo, segundo petistas, de “resistir pacificamente” à ordem de prisão. Lula recebeu apoio de advogados, correligionários, centrais sindicais, movimentos sociais como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MTST) e a Frente Brasil Popular e até lideranças de partidos como PCdoB e Psol. A cúpula petista compara a situação de Lula à de um “preso político”, caso a prisão se confirme.

Para Lula, a “absurda” decisão de Moro não o levará à desobediência civil. No Twitter, o próprio jornalista disse que o petista obedecerá às orientações de sua defesa. “Lula disse que prisão era um ‘absurdo’ e um ‘sonho de consumo’ do juiz Moro e de pessoas que querem vê-lo passar ‘um dia preso’”, relatou Kennedy.

O jornalista, que disse conhecer Lula “há 24 anos”, relatou ainda que o petista acusou Moro atuou “politicamente” decretar a prisão, em estratégia supostamente adotada após formalizado de um pedido de liminar feito pelo Partido Ecológico Nacional (PEN) no Supremo Tribunal Federal (STF), que negou habeas corpus preventivo a Lula.

A intenção do PEN é que condenados só comecem a cumprir pena após condenação no Superior Tribunal de Justiça (STJ), terceira instância judicial, e não na segunda, como foi o caso de Lula. Mais cedo, um grupo de três advogados de outros clientes, também juizou reclamação contra prisão após segunda instância.

“Indagado por que Moro teria apressado sua ordem de prisão, Lula disse que acha que o juiz quis se antecipar ‘à liminar pedida pelo Kakay’, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro ao STF. Nas palavras de Lula, o ministro Marco Aurélio [Mello] teria sinalizado a possibilidade de conceder uma decisão favorável ao pedido de Kakay. O ex-presidente diz que Moro teria feito, assim, uma ação política para impedir o seu direito de defesa e feriu o devido processo legal. Lula tratou isso como uma ‘aposta na radicalização’ da parte de Moro e de uma parcela da sociedade que desejariam vê-lo na cadeia”, acrescentou Kennedy Alencar.

As informações são do site Congresso em Foco

06/04/18 – 04:28

Foto: Marlene Bergamo/Folha de São Paulo

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