Salas de acolhimento à mulher nas delegacias. A proposta deve ser aprovada pela ALEP

Pensando no atendimento diferenciado às mulheres em situação de violência nas delegacias de polícia do Paraná, a deputada Luciana Rafagnin (PT) está propondo a instalação de salas de acolhimento com essa finalidade. Segundo ela, que apresentou na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) um projeto tratando do tema, em todo o estado, existem 389 delegacias de polícia e apenas 20 unidades especializadas no atendimento às mulheres em situação de violência, que são as delegacias da Mulher.

“As agressões e violências praticadas contra as mulheres só vêm crescendo e não escolhem município, acontecem em todo o estado, mesmo naquelas localidades que não possuem Delegacia da Mulher. Nesses casos, fatalmente as vítimas são atendidas nas demais delegacias de polícia, sem o necessário acolhimento que integra a capacitação dos profissionais especializados”, informa a autora da proposta que começou a tramitar nesta terça-feira (7) na Alep.

Para a deputada Luciana, a iniciativa é uma demanda da sociedade. Ela acolheu o pedido especialmente após visitar a unidade da Casa da Mulher Brasileira de Curitiba, inaugurada em 2016 e que desde então já prestou quase 30 mil atendimentos de mulheres que sofreram violências na Capital ou em municípios da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Conforme a coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, Sandra Prado, nenhum dos casos de violência que passaram pelo atendimento nesse centro integrado de serviços da rede de proteção resultou em feminicídio, atestando assim a eficácia da política pública em salvar vidas. “Não podendo levar a Casa da Mulher Brasileira a todos os municípios paranaenses, pretende-se ao menos humanizar o atendimento nos espaços que existem”, disse a deputada Luciana. “A mulher que sofre violência necessita de um acolhimento adequado, em um ambiente que seja o menos intimidador e constrangedor possível”, conclui.

Segurança – A deputada Luciana ainda protocolou na ALEP esta semana um requerimento ao secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná, Luiz Felipe Kraemer, solicitando a disponibilidade de mais um policial militar para atuar na Casa da Mulher Brasileira de Curitiba. Na base, que funciona dentro da Casa, atuam dois policiais em horário comercial de segunda a sexta-feira. Quando eles precisam se ausentar para cumprimento de mandado judicial ou busca de pertences das vítimas, a base fecha. Luciana argumenta que o aumento do efetivo se torna necessário para manter o atendimento na base, ainda mais depois que a Delegacia da Mulher foi para dentro da Casa, o que ampliou significativamente a demanda por serviços em todos os organismos integrados.

 

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